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Perfume Daniel Barros, por Daniel Barros

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O Daniel Barros é um perfumista de grande poder criativo. A Coleção Barista é prova disto, aproveito o ensejo para declarar amor ao Cedretto!!!

Tive a honra de receber um perfume feito em edição limitada e ele é de fato especial!

Logo ao borrifar senti a íris e o patchouli! Duas de minhas notas preferidas. E elas são bem especiais aqui, têm uma nuance abafada belíssima, sabe no que me fez pensar? Imagina aquele banho relaxante que você toma depois de um dia intenso. Tudo que você precisa é de uma toalha felpuda, água quente e um sabonete de textura cremosa e cheiro confortável! Quando o ritual do banho acaba, o banheiro está tomado de vapor morno e perfumado. Foi essa a sensação que a nova criação do Daniel trouxe!

Nas notas de saída ainda tem uma nota cítrica elegante, me fez pensar no Eau de Shalimar, toda essa coisa cítrica e atalcada!

E como se não bastasse tem uma nota texturizada, me fez pensar em camurça ou pelica macias ao toque – mas sem negar a origem animal que deixa no ar uma intenção sexy.

É um perfume de texturas. Dura muitas horas na pele e projeta de forma adequada, nem invasivo nem imperceptível.

Arrasou, Daniel!

Notas olfativas: limão, íris, patchouli, couro.

 

 

 


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Frangipani Flower e Pétales de Roses Blanches, Mahogany

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A Mahogany é uma marca brasileira que faz parte de nossas vidas desde 1991. Segundo informações do site da marca, Mahogany (ou mogno) é uma árvore nobre da região amazônica, de raiz profunda, tronco reto e sem falhas. Sob luz intensa, atinge grandes alturas. É também muito conhecida por sua madeira avermelhada e resistente, com a qual são feitos produtos de alta qualidade e sofisticação.

A marca vem trabalhando com o conceito de consumo consciente em sua linha de sabonetes líquidos, difusores e hidratantes, e agora com uma seleção especial de seus perfumes! Acabou seu perfume preferido? Nada de comprar novamente o frasco e a caixa, vai de refil! É mais barato e nosso planeta agradece!

Recebi esses dias os perfumes Frangipani Flower e Pétales de Roses Blanches, versões ‘embalagem oficia’ e refil. As caixas são belíssimas e retratam as flores que nomeiam os perfumes. Têm uma carinha retrô adorável!

Ah, a melhor parte, gente! No período de lançamento dos refis (de 01/03 a 10/04/2017), a embalagem refil de 155 ml sai por 38 reais! Quer mais? Espera que tem!

Assim que recebi os perfumes perdi o Pétales de Rose Blanches. Minha mãe descaradamente se apossou dele, encantada com o cheiro de rosas brancas frescas rodeadas de folhas verdes! Tem ainda no perfume uma nota frutal fresca e aquosa e base almiscarada que deixa uma sensação de limpeza e inocência. É como se andasse por aí abraçada a um imenso buquê de rosas, peônias, lírios e hastes de folhas recém cortadas, ainda pingando seiva! Perfume perfeito para qualquer estação, para qualquer hora do dia.

Dura na pele uma média de 3 horas e aí ao invés de reclamar da tal ‘fixação’, você tira o refil da bolsa e reaplica com gosto! Me devolve aqui esse buquê!

O Frangipani Flower em alguns momentos me fez lembrar do Angel, mas é bem mais suave e melífluo. Notas florais muito mais evidentes, pachouli e baunilha mais comedidos. Tem um quê achocolatado apetitoso. Mas juro que não achei nada de frangipani nele. Quem gosta do Angel mas o acha muito intenso e invasivo, se joga no perfume da Mahogany!

Pétales de Roses Blanches, segundo o site da marca:

Notas de Saída: Acordes Folhas Verdes, Melão.
Notas de Corpo: Rosa Branca, Rosa Pink, Lírio, Peônia.
Notas de Fundo: Musk, Sândalo, Âmbar.

Frangipani Flower, segundo o site da marca:

Notas de Saída: Cassis, Morango, Chocolate e Bergamota.
Notas de Corpo: Jasmim, Lírio do Vale, Orquídea, Rosa e Mel.
Notas de Fundo: Vanilla, Caramelo, Tonka, Âmbar, Musk, Sândalo e Patchouli.

 


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Magia Perfumada!

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Todos os dias leio os sites Fragrantica.com e Fragrantica.com.br, sempre atualizadíssimos e ricos em informações para todos os apaixonados pela arte da perfumaria.

Hoje publicaram um artigo curioso, sobre o uso de perfumes da tradicional marca E. Coudray em rituais mágicos!

Olha só, não vamos polemizar. Independente de sua crença religiosa, de sua fé ou práticas, vamos entender os links abaixo recomendados como uma curiosidade e uma forma de enriquecer nossos conhecimentos, ok? A intenção não é, de forma alguma, incentivar ou menosprezar práticas religiosas. Acredito que todas tem sua beleza e devem ser absolutamente respeitadas.

Recentemente uma amiga adquiriu um frasco da Água Florida de Murray & Lanman, colônia antiga, lá de 1808! E vou te dizer, o cheiro é delicioso e revigorante!

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Aliás muito me faz lembrar do uso místico que religiões afro-brasileiras fazem da tradicional colônia Seiva de Alfazema.

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Aliás, não é novidade a associação de aromas/perfumes com a religiosidade. Na Bíblia encontramos diversas passagens envolvendo perfumes e óleos perfumados.

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A palavra em latim ‘per fumum’, significa ‘através da fumaça’, e remete ao tempo que nossos ancestrais faziam oferendas fragrantes em fogueiras e braseiros direcionadas as suas divindades. Até hoje acendemos incensos em louvor ou com a premissa de atrair boas energias e purificar o ambiente.

Vamos aos links?

http://www.fragrantica.com.br/novidades/O-Lado-Obscuro-de-E-Coudray-2514.html

http://www.brasilconjure.com/21-maneiras-de-usar-a-agua-da-florida/

http://extra.globo.com/noticias/rio/zona-oeste/lojas-de-artigos-religiosos-dobram-venda-de-perfume-como-pega-homem-pega-mulher-no-mes-dos-namorados-8626888.html

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=18&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjj7-P2w9PSAhVGIZAKHSFwDawQFghgMBE&url=http%3A%2F%2Fwww.abiblia.org%2Fpublic%2Fcurso%2FSimbolismoAula07.doc&usg=AFQjCNGd2QXsDkUCpzPZs3u1sY_kk9vPCA (clicar em ‘abrir’ arquivo deste último link)

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Miss Charming, Juliette Has A Gun

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Depois de um longo e complicado período de doença e decepção, retornei ao blog. Já tive – claro – outros períodos ruins na vida, mas um como esse, com tanto desgosto, mentira e traição, nunca! E espero não ter novamente. Assunto encerrado em minha vida. Renasço, Fênix que sou!

Hoje saí de casa para o trabalho e percebi no caminho que algo faltava: eu não passei perfume! Como pode? Ainda bem que tenho na bolsa alguns flaconetes com perfumes que estou experimentando! Puxei o vidrinho do Miss Charming, da marca de nicho Juliete Has a Gun, criado em 2006 pelo festejado e competente Francis Kurkdijian.

Passei enquanto atravessava a avenida e juro, ao ser atingida pelo perfume, tive vontade de parar no meio da faixa de pedestres e gritar para os carros: “Eu sou a flor silvestre que perfuma os campos!”

Contive-me, não o fiz.

Fui invadida por rosas desabrocando, rodeadas de frutinhas roxas e vermelhas ainda orvalhadas, recém-colhidas! Depois ainda uma rosa mais madura e bojuda, com nuance boudoir e empoada, cheiro de batom e maquiagem.

Tem morango. No começo morango bem sintético de batom infantil, depois morangos que já perderam o viço e estão adquirindo um cheiro adocicado, já próximo da decomposição. Dá pra entender? Coisa louca né?

Depois de algumas horas adquire cheiro de creme, de hidratante de luxo. Deve ser o musk texturizando o perfume, dando maciez.

Não é um perfume complicado, pelo contrário! Tem rosas, frutinhas, musk.

Não sei, deve ser o momento. Iluminou a avenida, meu dia e me fez ver nuances de rosa e vermelho em um mundo cinzento e apressado.

Obrigada, Miss Charming!

Notas olfativas: lichia, rosa marroquina, morango, frutas silvestres.

 

 

 

 

 


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Nahema, Guerlain

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O nome Nahema é tirado de um dos contos de Sherazade, a rainha persa de “O Livro das Mil e Uma Noites” sobre princesas gêmeas com semblantes iguais mas personalidades contrastantes. A primeira, Mahane, era gentil e modesta, aceitou a vida como era e logo se casou alegremente. Ela era “a filha da água”. A segunda, Nahema, era “a filha do fogo”, inquieta, obstinada e desejosa. Sherazade perguntou ao leitor: “Qual destas duas princesas você teria escolhido?” e é claro que Jean-Paul Guerlain escolheu a princesa ardente como inspiração para seu perfume (Fonte: http://www.monsieurguerlain.com/2015/09/nahema.html).

Eu também prefiro o jeito de ser de Nahema, mil vezes mais interessante que sua irmã, a linear, conformada e tediosa Mahane…

Jean-Paul Guerlain elegeu a rosa como a grande protagonista de Nahema, e não poderia ter feito melhor escolha. As rosas são muito presentes em criações perfumadas árabes, já falamos aqui da importância da flor nos tradicionais attars.

Nahema foi criado em 1979. Eu tinha uma amostra que usei umas quatro vezes antes de arriscar falar dele aqui. Não sei de qual data é o perfume contido no flaconete, mas acho que é uma versão atualizada. Não encontro nele a ‘ferocidade’ que encontraria em um perfume de 1979…

Começa com notas verdes e aldeídos que dão ao perfume aura clássica, um pouco antiquada e gloriosa! Rosas frescas de diversos tipos, rodeadas de pêssego leitoso.

Logo surgem novos aspectos frutais e florais. Maracujá? Inusitado, tropical demais, mas funciona! Dá uma aspecto fresco, picante e até mesmo adocicado ao perfume.

As flores são old-school! Ylang-ylang, jacinto, jasmim, lírio-do-vale! Aqui quem não gosta de perfumes com aspecto datado vai torcer o nariz e desgostar de Nahema.

Depois de algum tempo descobrimos um aspecto balsâmico e quase melífluo em Nahema. Vai ficando mais empoado, a rosa torna-se mais picante e fica mais evidente a sensação de cheiro de maquiagem.

As notas de fundo são adocicadas, picantes, amadeiradas, sente-se bem o sândalo leitoso e o vetiver com uma pitada de virilidade em meio a rosas e outras flores bem femininas.

É um belo perfume de rosas, mas não é tão fácil usá-lo, estar com ele. Igualzinho a esfogueada princesa do conto.

Embora seja um perfume intenso, Nahema para mim é adequado para uso matutino, para aquelas manhãs de outono ao mesmo tempo ensolaradas e de ar geladinho!

Notas de saída: aldeídos, notas verdes, limão, pêssego, rosa.

Notas de coração: lilás, jasmim, lacinto, ylang-ylang, rosa búlgara, lírio-do-vale.

Notas de fundo: baunilha, vetiver, sândalo, bálsamo do Peru, maracujá.

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Luminata, Avon

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Meu ex-marido costumava dizer que eu era como um gato: brilhou, piscou, ganhou meu coração!

Aí eu recebo uma caixa com o novo perfume da Avon, o Luminata. Quanto abri a caixa*, a surpresa me fez dar um pulinho e soltar um ‘ahhhhh’, todo encantando e surpreso! A embalagem na qual veio acondicionado o Luminata tem dentro fundo de espelho e iluminação de led! Duvida? Olha a prova aqui em baixo:

Segundo a Avon, Luminata une a preciosidade do cristal Swarovski com ingredientes nobres da perfumaria. Afinal, toda mulher é uma jóia e merece brilhar!!

Tudo verdade, merecemos mesmo! TODAS!

O frasco vem com 50m, adornado com um pingente de cristal. Aliás o próprio frasco parece um cristal..

Luminata foi desenvolvido pelo nariz Maurice Roucel, perfumista da Symrise. É a aposta de Avon para o Dia das Mães!

É delicado e ao mesmo tempo marcante. A estrela aqui é a peônia. Logo ao borrifar sente-se o aspecto floral limpo. Depois surgem notas de pera suculenta, daquelas doces, aguadas e molinhas, que conheço como pera d’água.

Depois aparece uma nota que brinca com a dualidade doce/azedo, me fez pensar no momento do preparo de uma geleia de frutas vermelhas. As frutas picadas e azedinhas polvilhadas com açúcar branco! É um aspecto juvenil do perfume, mas sem ser piegas, sem cair nos modismos adocicados da perfumaria atual…

A base do Luminata é amadeirada e almiscarada, do tipo confortável e elegante.

Dura na pele umas 5 horas, usei hoje no trabalho e recebi dois elogios logo pela manhã! Assim é bom heim!!! Diz a marca que, segundo dados de pesquisa, a família olfativa floral frutal, corresponde a 60% do mercado brasileiro, é a preferida das brasileiras. Os elogios confirmam!

******

*veja só gente, essa não será a caixa com a qual o perfume será comercializado, ela faz parte do Midia Kit, com o qual a marca apresenta ao perfume aos veículos de comunicação.

Mais informações aqui: http://avontadeavon.blogspot.com.br/2017/03/luminata-e-nova-fragrancia-da-avon


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Donna, Lorenzo Villoresi

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Antes de mais nada, questiono: o que um floral opulento como esse fazia perdido entre os perfumes ozônicos, aquáticos e andróginos dos anos 90? Ah, ele vem de uma marca de nicho italiana… e só mesmo uma marca de nicho para ir na contramão do que está fazendo sucesso e vendendo feito água.

Donna é um floral hipnótico! Tem rosas, cravo, íris, violeta, ylang-ylang e o toque ‘suadinho’ do coentro! Mas vamos devagar né…

Primeiro, ele é potente, duas borrifadinhas e só.

Começa com rosas, cravos e uma nuance amadeirada que me faz pensar em perfumes de alma retrô. E ai vem a íris, pé na porta, sem preliminares. A princípio ela é selvagem, tem aspecto masculino e seco, depois de quase uma hora ela amansa e revela seu lado mais gentil, fica mais adocicada e macia, com cheiro de pomada e creme facial.

Como fiéis companheiros esta espetacular e agênera íris, tem o ylang-ylang exótico e pomposo; o jasmim intoxicante e impuro;  o narciso bem-nascido, narcótico e exuberante; a violeta empoadinha e dona de certa doçura; a rosa voluntariosa que sempre impõe sua magnífica presença.

E essa gangue não para por aí não, tem ainda outros elementos não-flores, mas que completam bem o quadro. Tem coentro e groselha que dão um aspecto azedo e quase corpóreo ao perfume. Toda gangue tem um membro sujinho, afinal… Tem sândalo e almíscar que dão uma ‘amaciada’ e um certo tom leitoso e cremoso ao perfume. Tem o cravo e o pau-rosa que deixam na cara seu apreço pelo vintage, ouvem discos de vinil na vitrola e ainda guardam fitas K7.

O perfume é incrível, só isso tenho a afirmar. Nasceu em 1994, criado por Lorenzo Villoresi. É um perfume compartilhável, mas cai como uma luva em mulheres mais maduras e voluptuosas. É absolutamente sexy!!!

Segundo o site da marca, Donna é: uma base preciosa de rosa búlgara e rosa de maio. Notas frescas e picantes de coentro, cravo e anis estrelado. Enriquecido com ylang ylang, raiz da íris, narciso das montanhas, jasmim, folhas violetas, groselha e madeiras aromáticas.*

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Fonte: http://www.lorenzovilloresi.it/en/catalogo/7008/donna.html

Imagem: https://lilyandval.com/products/the-earth-laughs-in-flowers-print


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Roses & Chocolate, Mancera

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Sábado foi um ótimo dia! Dia de encontro com duas pessoas muito queridas deste mundinho dos perfumes, Dri e Tati, obrigada pela presença e por toda a diversão!

E neste dia conheci vários perfumes incríveis, inclusive o que intitula este post, o Roses & Chocolate, da Mancera.

Imagina só, você fazendo um delicioso ganache. O chocolate derretendo, o creme de leite fresco cremoso… encheu a boca de água? Espera que tem mais.

Logo ao aspergir o perfume na pele se sente o magnífico chocolate. Ele tem uma pitadinha cítrica na saída, só mesmo para arejar, logo você nem lembra que elas passaram por aí.

Ai você percebe que em meio ao chocolate, existem flores! Rosas e seu característico perfume, soberana das flores. E violetas empoadas e adocicadas! É como se tivesse caído um monte de pétalas dentro do recipiente onde repousa o ganache!

Depois de muitas horas dessa linda combinação gourmand, você ainda  uma das frutas lá das notas de saída, o pêssego suculento e maduro, doce, de pele macia.

No final ainda surgem baunilha e musk que tornam o chocolate ainda manifesto na pele mais delicado, e agora parece que está diante daquele chocolate quente cremoso que encontramos em Campos do Jordão e demais estâncias turísticas de clima frio.

Para quem gosta dos perfumes gourmand mas foge dos que são invasivos e dulcíssimos, Roses & Chocolate pode ser um deleite.

E viva o chocolate!

Foi criado em 2013 por Pierre Montale, são suas notas olfativas:

Saída: mandarina, pêssego, cassis, bergamota.

Coração: rosa, violeta, chocolate amargo.

Fundo: almíscar branco, baunilha, cedro.

 


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Água de Rosas, Granado

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Eu acho que tenho uma alma antiga, sabe… gosto da estética de épocas passadas, sou saudosista e tenho afeição enorme por coisas vintage ou retrô!

E que delícia foi descobrir a Água de Rosas, da tradicionalíssima Granado! O vidro em rosa neon é bem chamativo e ‘quebra’ um pouco a apresentação quase austera do produto, com cara de vidro de farmácia, rótulo simples que me fez pensar em um espelho antigo.  Ah, olha que legal, segundo informações do site da marca o frasco de vidro reciclável é pintado com tinta orgânica, que não contém chumbo.

É uma colônia bem encorpada, dura umas 3 horas na pele com boa projeção.

É uma rosa tão bonita… começa com aspecto antigo, coisa de talco com esponja para aplicação na pele, penteadeira, sabonete.

Passados alguns minutos a rosa ganha a companhia adocicada/polvorosa da violeta e o toque verde e fresco do lírio! Aqui o perfume se torna mais atual, brilhante e vivaz!

No final, Água de Rosas torna-se ‘orientalizado’! Tem uma base cheia de coisas adocicadas e cremosas, mas longe, longe de ser gourmand. Sinto bem a tonka, o âmbar e o estoraque.

Coisa mais linda e abraçante o Água de Rosas!

Foi criado em 2008, suas notas olfativas estão listadas abaixo!

Saída: jacinto, bergamota, rosa de maio.

Coração: rosa, lírio-do-vale, violeta.

Fundo: almíscar, estoraque, âmbar, fava tonka e baunilha.

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Procurando a imagem de uma rosa como essa, lembrei que minha avó recortava flores assim de revistas e colava nos azulejos da cozinha e banheiro… Fazia tudo ficar florido! Teria gostado do Água de Rosas…

 


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Dicas para o outono/inverno com a Symrise!

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Symrise

Conhece a Symrise? É um fornecedor global de fragrâncias, aromas, ingredientes ativos cosméticos, matérias-primas e ingredientes funcionais, bem como soluções sensoriais e nutricionais. Com uma quota de mercado de 12% (2015), a Symrise é um dos três maiores fornecedores do mercado!

A Symrise foi a primeira casa de fragrâncias a criar uma linguagem de fragrâncias, classificando os perfumes em famílias e organizando uma Genealogia que na época virou referência e até hoje é reconhecida por ser a mais completa do mercado. Todos os anos tal Genealogia é atualizada com os lançamentos mais importantes da perfumaria feminina e masculina, e através dela você pode conhecer melhor e comparar um perfume antes da compra? Quantas vezes nos perguntamos “ele parece algum outro?’. Na Genealogia Symrise você pode tirar essa dúvida!

Para conhecer acesse  http://symrisegenealogy.com

A página é pesada, tenha paciência até carregar!

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E como prometido, aloucadosperfumes e a Symrise vão dar uns pitacos sobre perfumes perfeitos para os dias mais frios!

“São as águas de março fechando o verão. É a promessa de vida no teu coração (…)”. Enfim, o outono chegou, uma das estações mais lindas do ano. A paisagem muda de cor, as árvores trocam suas folhas, as pessoas se vestem de forma diferente, e até os cheiros mudam, claro!
Enquanto na primavera/verão abusamos das colônias e de perfumes cítricos, aquáticos e florais leves – aqueles que nos transmitem frescor e sensação de ‘limpeza’ – no outono e inverno chega a vez dos odores quentes, gustativos e aconchegantes!
A composição para esta época do ano é mais opulenta, com essências mais duradouras, celebrando o clima invernal. Segundo os renomados perfumistas da casa de fragrâncias finas alemã – Symrise – nessa estação predominam notas amadeiradas (sândalo, vetiver e patchouli), de frutas vermelhas (cassis, framboesa), orientais (mais adocicadas) e gourmand (chocolate e caramelo).

Na verdade, não existem regras para o uso de perfumes de acordo com as estações, o que tem que existir é bom senso: nada de perfumes intensos e doces sob o sol de 40°! Isso serve também para o uso de perfumes no outono, afinal ainda não estamos no inverno, quando a baixa temperatura ‘controla’ a exalação do perfume. Vamos com calma na quantidade de borrifadas, certo?
Existem muitas opções nacionais e importadas para a estação, tem para todos os gostos e bolsos!
Devidamente perfumados, é só aproveitar o charme das estações frias!

 


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La Petite Robe Noire Intense, Guerlain

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Era rosa, agora é azul. Pelas minhas contas a Guerlain já nos apresentou quase 20 vestidinhos pretos. Chega né? Não que cansamos do perfume, ele continua delicioso, mas agora já é tudo mais do mesmo, vai ficar tão banalizado…

Deixando de lado meu desprezo por perfumes que possuem tantos flankers que até nos fazem esquecer do primogênito, vamos falar do La Petite Robe Noire Intense de 2016, assinado por Thierry Wasser.

Segue a mesma linha dos anteriores viu… Só que agora é mais doce, as notas frutais e gourmands ficaram mais evidentes, acho que para competir de forma mais agressiva com os muitos perfumes lançados que seguem essa tendência.

Começa com frutas vermelhas, a princípio pensei em cerejas mas logo desisti. Cerejas geralmente são mais escuras e fechadas. As frutinhas aqui são suculentas, rubras e bem maduras, no ápice de sua doçura. Tem ainda quê de limonada suíça, que morde e assopra. Explico: tem o limão que acentua o lado silvestre das frutinhas, porém, logo chega o leite condensado e torna as notas iniciais do perfume em um passeio numa loja de doces… já vi isso muitas vezes antes.

Depois de algum tempo surgem notas florais que são a cara da Guerlain, tem cheiro de maquiagem, de batom! Isso é bem gostoso, e aqui a sombra doce das notas de saída dão um aspecto maroto para as flores guerlinescas! Teia de aranha feita de algodão-doce sobre um vaso repleto de flores frescas!

Nas notas de fundo não temos novidades, é predominantemente patchouli e almíscar. Quem faz bonito aqui são as notas de baunilha e sândalo, que se apresentam discretas,  polvorosas e texturizadas: são fofas. Baunilha Guerlain né, sempre a melhor!

Mas olha, uma amostrinha foi suficiente para me entediar. Não compraria um frasco, justamente por ser tão previsível e por ser mais um vestidinho preto na multidão…

Notas de saída: bergamota, algodão-doce, mirtilo, cassis ou groselha, framboesa.

Notas de coração: rosa búlgara, flor de laranjeira, jasmim.

Notas de fundo: patchouli , almíscar branco, sândalo, baunilha.


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Cheiro de quê?

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petricor

Hoje saiu um artigo excelente no Fragrantica.com.br, sobre ‘cheiros estranhos que amamos’.

E sabe porque o artigo é tão sensacional? Porque nele as pessoas falam sobre cheiros estranhos e queridos sem pudores, sem medo de julgamentos.

Vamos lá… todos nós somos condicionados socialmente a nos comportar de certas formas, correto? Quando a gente fala por aí de cheiros que gostamos, sempre falamos das coisas aceitas e admiradas pela sociedade. Pouca gente assume que gosta de cheiros pouco convencionais, e de repente ler que uma das editoras do Fragrantica gosta do cheiro de lixo sendo queimado é tão acolhedor! Nos torna menos estranhos a nós mesmos!

Eu gosto do cheiro de chuva (o nome é petricor), de chá preto, de manjericão, dos meus lençóis usados, de alho e cebola fritando, dos meus ratos (que cheiram brevemente a urina), do cheiro que mora debaixo das asas da minha calopsita (parece uma mistura que chamo de galinha-com-frutas). Cheiro de maquiagem vencida (adocicada e rançosa), manteiga-de-cacau, bonecas novas, livros – novos e velhos, mofo, naftalina, parques de diversão (sim, eles tem um cheiro específico. Algo como diesel misturado com algodão doce, luzes quentes e pipoca). E vamos parar por aqui porque este é um blog de família.

E você, me conta um pouco das suas bizarrices olfativas?

Faz como o Anderson da matéria aí abaixo, conta pra gente, sem vergonha!

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Ah, leia o texto aqui: https://www.fragrantica.com.br/novidades/Estranhos-Cheiros-Que-Amamos-2017–2648.html


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Secret Amber, Jōvan

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A Jōvan, fundada em 1972, é uma jovem senhora de 45 anos e seu maior sucesso é o perfume Musk. Só li elogios a tal perfume em vários sites especializados, inclusive no cultuado Fragrantica. Elvis Presley usava, tá?

 Faz um tempo descobri uma linha da marca inspirada no oriente, e as estrelas desses 3 perfumes lançados em 2012 eram o oud, o âmbar e as rosas.

Secret Amber custa baratinho em sites internacionais e cheira a perfumaria de nicho.

Não se deixe enganar pela descrição ‘eau de cologne’ da embalagem, a fixação e a silagem do perfume são ótimos!

Me faz pensar no Natal europeu que eu sempre sonhei e nunca vi. Biscoitos de gengibre assando, bolos com especiarias, bebidas quentes aromatizadas com canela e favas de baunilha.

É um perfume quentinho, acolhe o corpo e a alma em dias chuvosos e friozinhos!

Depois de um tempo o perfume ganha uma nuance almiscarada divina, vou tentar explicar: cheiro de pele perfumada que ficou enclausurada embaixo de casacos e blusas de inverno. Entendeu? O cheiro da pele e do perfume libertos ao tirar as camadas de roupa. A baunilha sai da cozinha e vai ao pub, vai se tornando licorosa e alcoólica, a festa agora é para os adultos.

Faz a linha do descontinuado Ambre, da L’Occitane e do Dolcelisir, da L’Erbolario.

Se um desses boboear na sua frente, não deixa passar não, leva pro seu mundinho!

Notas olfativas: noz-moscada, gengibre, canela, rosa, almíscar, baunilha, âmbar.

 


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La Roue de La Fortune 10 – D&G Anthology, Dolce&Gabbana

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La Roue de La Fortune. É o Arcano X, a “Roda da Fortuna”. Quase que imediatamente, as pessoas associam a palavra fortuna a riquezas, e acabam acreditando que essa carta representa dinheiro e ganhos materiais. Entretanto, esse arcano possui um significado muito mais profundo e abrangente. Em primeiro lugar, é preciso compreender a origem simbólica desta carta. “A Roda da Fortuna” é o tear das Moiras – Cloto, Láqueis e Átropos – as deusas gregas que fiavam, teciam e cortavam o fio da vida. Trata-se de uma metáfora dos processos de nascimento, crescimento e desenvolvimento, e desencarne. O fio da vida na roca do destino.

Fortuna também é a deusa romana da sorte, seja ela boa ou má. Geralmente é representada portando a cornucópia, símbolo de abundância, e o leme, que por si só já lembra a figura da Roda, acrescido do sentido de direção. Na imagem desse arcano vemos uma grande Roda que se sustenta em um eixo, e no topo uma figura (geralmente uma esfinge, que simboliza os desafios), além de uma personagem subindo e outra descendo em seu arco. Não se trata da roda do dinheiro, portanto. É a roda da vida.*

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Há muitas interpretações para a Roda da Fortuna, essa é apenas uma delas. Pode-se falar das idades do homem, das fases da lua, do destino inexorável.

Já falei de outro perfume desta incrível coleção, o La Lune 18. Quando falei dele, disse que tinha achado lindo utilizar nomes de cartas de tarô e top models ícones dos anos 90. Como algo tão intrincado, simbólico, arquetípico como os símbolos do tarô tinham sido traduzidos para frascos espartanos e com modelos despidos de indumentárias? Eles por si só, em pele, seriam a representação da carta.

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La Roue de La Fortune é perfeito para quem gosta do Angel e para quem o odeia. Explico… Imagina todo o esplendor de patchouli do Angel sem a doçura gormand que o rodeia.

O patchouli dá as caras logo nas notas de saída, cercado de abacaxi suculento e um toque apimentado, desses que faz pinicar a ponta do nariz.

Nas notas médias temos flores brancas bem orquestradas, são bem presentes mas não invasivas. Diria até que são comportadas, comedidas. E difícil conseguir esse resultado com a mistura de gardênias, tuberosas e jasmins heim!

Logo chega a íris e deixa tudo empoado e texturizado. Pois é, texturizado. Ganha aspectos táteis, dá a sensação de maciez felpuda, aveludada.

O patchouli até agora foi folha esmagada entre os dedos, picante, esverdeada. Depois de algumas horas na pele ele enraíza, torna-se profundo. Ganha aspecto adocicado, quase terroso e vem acompanhado de resina esfumaçada. A baunilha vem em gotas e dá uma suavizada na dupla patchouli/resina.

É um perfume perfeitamente agênero e exótico! Apesar de estar descontinuado é facilmente encontrado em sites internacionais.

Notas de saída: abacaxi, pimenta rosa, notas verdes.

Notas de coração: gardênia, jasmim, tuberosa.

Notas de fundo: íris, patchouli, benzoim, baunilha.

Apresentado em 2009, criado por Aurelien Guichard.

Fonte: http://www.personare.com.br/roda-da-fortuna-mudancas-inesperadas-da-vida-m4815

 


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Olympea, Paco Rabanne

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olympea

Estive 4 vezes na mesma perfumaria pedindo para provar o Olympea. A antipática vendedora certamente pensou ‘essa mulher tá vindo aqui se perfumar de graça‘ ou ainda ‘olha a pobre, não tem dinheiro pra comprar o perfume e vem aqui estorvar todo dia‘… Querida vendedora, te digo uma coisa: ACERTÔ, MIZERÁVI!

E agora ainda vou contar uma historinha. Era uma vez a Escolinha de Perfumes inaugurada pelo La Vie Est Belle. Todas as marcas, quando desejavam lançar um novo perfume, iam espiar na Escolinha La Vie, pedir aconselhamento e tentar abocanhar uma fatia da fama e do faturamento do bonito em questão. E o bem sucedido La Vie segue todo pimpão, com um monte de flankers para andar de galerinha no shopping, nada abala seu popularesco reinado e muitos, muitos, muitos nasceram (e nascem ainda) à sua sombra. Quando isso vai acabar, meu Deus, quando?

Aí tem o Olympea, dono desse post. Não diga, por favor não diga que ele não fez ao menos um cursinho rápido na Escolinha La Vie. Ah, ele fez! Se não fosse o tom salino que o salva da mesmice…

Inicia com notas picantes e doces, você fica sem saber dizer se são frescas ou quentes. Coisas picantes muitas vezes fazem isso com minha percepção… E tem uma doçura cor-de-rosa, me fez pensar em pralinê… Surge então um sal poeirento, fino, refinado ao limite do possível! Na hora lembrei vagamente do Womanity, mas aqui é tudo menos ousado né, não pode desviar muito dos ensinamentos da Escolinha La Vie…

E o Olympea fica enfim, interessante. Lembrei que os gregos gostavam de esportes e cultuavam o belo, um corpo atlético era motivo de admiração. E que os atletas gregos  eram untados em óleo, que auxiliava a mascarar odores desagradáveis que seus corpos viessem a exalar.  Depois do esporte os atletas tinham que raspar a poeira, o óleo e o suor do corpo, para isso eles tinham um utensílio chamado estrígil, que era praticamente uma espátula usada para raspar a sujeira do corpo.

Aí tudo começou a ‘combinar’ dentro da minha cabeça: o tom salino do suor, o leitoso/picante da pele, o doce/cremoso do óleo. Comecei a gostar mais de você, Olympea…

É um perfume que evolui graciosamente, muitas notas vão e voltam e não te deixam enjoar do perfume. Ele tem momentos mais ‘abafafos e fechados’, momentos mais ‘abertos e radiantes’.  Eu ousaria dizer que é um perfume úmido, dá pra entender?

As notas finais são leitosas, cremosas e sensuais. Tem sândalo, âmbar gris e outras madeiras.

É salvo pelo sal, o Olympea. Inclusive foi ele que me fez viajar até a higiene dos atletas gregos…

O frasco é muito bonito, lateralmente adornado por uma coroa de louros. Os atletas eram premiados com coroas de pequenos ramos de oliveira entrelaçados, que representavam a suprema glória.

Notas de saída: água de jasmim, mandarina, flor de gengibre.

Notas de coração: baunilha, sal.

Notas de fundo: âmbar gris, madeira Cashmere, sândalo.

Apresentado em 2015 e criado pelos narizes Loc Dong, Anne Flipo e Dominique Ropion.

******

Leia resenha do Olympea no Van Mulherzinha, que tem uma opinião bem parecida com a minha.

Fonte: seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2012/08/olimpia-e-os-jogos-olimpicos.html


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Maroussia, Slava Zaitsev

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Bem-vindo, inverno!

Na Rússia o perfume já é conhecido de outros carnavais (embora não seja assim tão popular, segundo fontes), foi lançado em 1992 e foi o primeiro perfume do estilista Slava Zaitsev. Seu nome, se formos traduzir, é velho conhecido nosso: Marusja ou Maria!

O que é que essa Maria tem? Tem o inverno, tem o vento frio, tem os casacões, a maquiagem pesada que aqui serve mais para proteger a pele do que para embelezar. Tem gorro, luva, cachecol, botas forradas, batom cor-de-vinho, tem dose de vodca… Em outras palavras, Maroussia é perfume para dias frios, de ventos rasgantes.

Tem uma profusão de notas florais intensas, tem notas de fundo animálicas. Nas verdade, ele tem tantos ‘cheiros’ que fica difícil falar deles, mas vou tentar…

Maroussia começa com aldeídos e algo frutal-sintético que me faz pensar em morangos imaginários. Nada de morango de brilho labial, nada de morango de boneca, nada de morango natural. Morangos que talvez só existam na minha cabeça: morangos de cera!

Profusão (e confusão!) floral, uma breve ‘surra de buquê’: ylang-ylang, rosa, tuberosa, jasmim, cravo, heliotrópio e muitas outras que não sei nomear… aqui me faz pensar em flores carnudas, cerosas e maquiagem antiga, daquela que cobiçávamos quando crianças nas penteadeiras de nossas mães. Me lembra o cheiro de um antigo batom Helena Rubinstein que eu passava escondido para em seguida lamber os lábios e sentir o ‘gosto do cheiro’, sabe?

As notas finais de Maroussia demoram a aparecer, e pendem bem pro animálico resinoso. Para mim tem cheiro de casaco de lã que foi guardado no armário, mas guardou nuances do perfume e da pele da pessoa que o usou nos últimos dias.

Maroussia é belo e confuso. Como a Rússia deve ser.

Agora, nerd velha-guarda que sou, faço uma abstração: assistiram Cavaleiros do Zodíaco? Então, Maroussia é o perfume que a Aurora, a bela e falecida mãe do Hyoga usaria…

Notas de saída: aldeídos, flor-de-laranjeira, pêssego, bergamota.

Notas de coração: cravo, tuberosa, íris, ylang-ylang, orquídea, jasmim, rosa, lírio-do-vale, heliotrópio.

Notas de fundo: sândalo, baunilha, âmbar, fava tonka, civeta, almíscar, benjoim, cedro.

Maroussia é completamente diferente se provado em um dia quente: se torna sufocante. Mas nos dias frios ele é fonte de calor, é um ‘casaco-líquido’!

(post republicado)


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Noir Pour Femme, Tom Ford

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Antes de tudo, obrigada Tati pela gentileza da amostra! Ela disse, ao me dar o frasquinho, que esse era um perfume ‘pra namorar’. E é mesmo viu? Morno, exótico, gustativo e sexy!

Noir é daqueles que você não consegue parar de cheirar, é ao mesmo tempo familiar (em alguns momentos me lembra o Trouble da Boucheron) e cheio de estranhezas. E é isso que o torna sexy, ao menos para mim. Falando de parceiros amorosos, se não for familiar para me deixar a vontade, e se não for estranho o suficiente para atiçar a curiosidade, nem chego perto…

Então agora estou oficialmente namorando o Noir. Beijo, Mozão!

Serei honesta em dizer que não sinto nenhum dos cítricos descritos nas notas oficiais. Nadinha. Para mim logo de cara sinto uma pegada gourmand achocolatada e um intenso acorde floral que logo me faz pensar no cheiro que deve ter o melhor e mais caro dos batons. Entende? Aquela coisa meio empoada, meio plástica, meio comestível.

E sinto umas notas especiadas aqui e ali. Achei que era cardamomo. Fui pesquisar e encontrei a curiosa e desconhecida nota de Kulfi. Mas que diabos é um kulfi? É um picolé tipicamente indiano, olha aqui. Aposto que é um Kulfi de cardamomo…

Tem uma baunilha bem intensa e achocolatada em Noir. Ela está rodeando o perfume o tempo todo e se torna mais intensa e escura com o passar das horas. Ainda ganha reflexos amadeirados ao mesmo tempo leitosos/viscosos/verdosos e ambarinos morninhos.

E ainda tem uma coisa aqui que me intriga – novamente – estranha e familiar. É mirra? Lembra um pouco. Identifiquei o que era? Claro que não, mas o detalhe ficava martelando minha cabeça, de onde eu conhecia esse cheiro? Não teve jeito, fui ler as notas olfativas oficiais e pimba! Claro que conheço! É miski ou mastique, resina retirada da aroeira (Pistacia lentiscus)! Ah claro, Diana, você tem uma dessas no seu quintal? Não, nem quintal eu tenho! Mas desde criança frequento uma sorveteria lá no Paraíso chamada Alaska, que tem o tradicional sorvete doce/amargo de miski! E nas minhas andanças pela região da 25 de março sempre acabo entrando nos restaurantes/lojas de culinária árabe e volta e meia compro ‘lágrimas’ de miski ou chicletes feitos dele para mascar!

O artigo do link diz que o Miski tem cheiro de aniz e resina de pinheiro. Achei ótima a associação.

Enfim, a resenha ficou confusa né? Não, ficou familiar e estranha. Do jeito que deve ser.

Noir Pour Femme de Tom Ford é uma lindeza! Flerta com o gourmand mas não cai de cara na confeitaria, é instigante e exótico na medida. Foi lançado em 2012 e o nariz responsável por ele é Sonia Constant.

Notas de saída: bergamota, mandarina, laranja amarga, gengibre.

Notas de coração: rosa, jasmim, flor de laranjeira, kulfi.

Notas de fundo: baunilha, âmbar, sândalo, mastic.

A modelo da campanha publicitário é a Lara Stone. Ao menos nesta foto, me fala se ela não parece a Brigitte Bardot depois de uma noite de excessos numa balada daquelas? Mais uma vez, familiar e estranha…

 

 

 

 


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Ungaro (2007), Emanuel Ungaro

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A casa de alta costura Ungaro atua desde 1965 e tem muitos perfumes em seu portfolio. É bem importante, mas no Brasil é relativamente desconhecida. Faz um bom tempo, houve uma parceria com a Avon em alguns perfumes. Lembra?

Não é uma marca encontrada facilmente em perfumarias virtuais ou mesmo perfumarias físicas menores, mas procurando bem, acha-se até anthrax e coleção completa de tazos (!) a venda nesse mundo véio sem porteira…

Pra começar a conversa, Ungaro 2007 foi criado pelo cultuado Francis Kurkdjian e seu belíssimo frasco em forma de U foi concebido pela designer Sylvie de France, experiente que só no ramo!

Ungaro é um perfume oriental floral intenso e que flerta com as bombas dos anos 80. Tem um pitada de Amarige, tem um quê de Poison – mas nada muito evidente – só faz recordar em alguns momentos.

Começa com notas frutadas macias e aveludadas, sinto frutinhas roxas, uvas, amoras e mirtilos bem maduros e suculentos!

Na ‘segunda etapa’ surgem flores brancas adocicadas e aveludadas, a face terna dessas meninas polêmicas! Elas têm até uma brevidade leitosa que faz o perfume se fundir deliciosamente na pele.

A parte aveludada e morna fica mais evidente e confortável graças a uma boa dose de âmbar e ainda tem um tom picante e exótico vindo de uma especiaria dispendiosa, o açafrão!

É um perfumão, frutal especiado de grande desempenho com toques de modernidade e ao mesmo tempo aura saudosista das bombas de décadas passadas! Se encontrar por aí, não deixe de experimentar!

Notas de saída: frutas vermelhas.

Notas de coração: jasmim, flores brancas.

Notas de fundo: âmbar, açafrão.

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Feliz Aniversário, aloucadosperfumes!

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E não é que esse mês o blog faz 5 anos?

Quero agradecer a todos vocês que acompanham-me nessa incrível jornada no universo dos perfumes, que dividem a paixão, as experiências. Cada visita, cada cometário e cada seguidor… considero todos meus amigos!

Estou até pensando em organizar um encontrinho para quem é aqui de SP, um barzinho que seja, quem topa?

Mais uma vez obrigada e continuem por aqui, acompanhando as viagens da loucadosperfumes!

Um brinde!

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Puro Breu, Natura

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375x500.41707Aposto que muita gente tem saudade desse perfume. Claro, o bonito foi descontinuado.

Ganhei uma garrafona do Puro Breu no último sábado de uma amiga muito querida, olha que sorte!

Fui logo enchendo a mão do perfumado líquido e espalhando nos braços, afinal, ele é considerado uma água de banho, teoricamente, para passar aos montes. Grande erro.

Puro Breu é intenso e tem uma boa durabilidade na pele, devia ter passado menos…

Ele é quente! Tem especiarias aos montes, senti cravo, noz-moscada, pimenta-do-reino, canela! Esse mundão de especiarias logo se funde a notas amadeiradas cremosas, exóticas e adocicadas. Bom, na verdade já senti essa assinatura amadeirada em outros perfumes da Natura. E de repente senti uma nota resinosa que me fez pensar em mirra, e aí lembrei que o perfume se chama Puro Breu. Só pode ser o Breu!

Breu é uma resina extraída de uma arvore da família das burseráceas encontrada na região amazônica e do cerrado. Ah, já falei dele aqui!

Só depois de usar o Puro Breu algumas vezes que pensei: seria ele um perfume considerado masculino? Afinal, já senti outros masculinos com essa aura. Em alguns momento me fez lembrar do 1 Million… E fui pesquisar. Sim, ele é considerado masculino.

Mas que bobeira, dar gênero a um cheiro… Enfim, ele é bem exótico e quente, perfeito para dias mais frios e cinzentos!

Foi lançado em 2010. Suas notas olfativas são: cítricos, notas especiadas, notas amadeiradas.

 


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