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Patchouli/Oriza (Pogostemon cablin, Pogostemon heyneanus ou Pogostemon patchouly)

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O Patchouli ou Oriza, como é conhecido em algumas regiões do Brasil (Pogostemon cablin, Pogostemon heyneanus ou Pogostemon patchouly família Lamiaceae) é originário da Índia e seu nome provém da língua tamil: patchai (verde) e ellai (folha).

A planta é uma erva arbustiva que chega a atingir cerca de 60 cm de altura. Ainda que prefira clima quente, não gosta de exposição direta à luz do sol e murcha facilmente se não receber a quantidade certa de água por dia. As sementes são muito frágeis e são facilmente destrutíveis. Pode-se propagar, contudo, por estaca (ramos cortados ganham raiz em solo úmido ou em água).

A planta foi trazida para o Oriente Médio ao longo da rota da seda, e foi graças ao famoso conquistador Napoleão Bonaparte que o patchouli chegou à Europa. Napoleão trouxe para a França um par de xales de caxemira que ele encontrou no Egito. Os xales eram impregnados de óleo de patchouli, que foi usado para repelir insetos e protege-los de mariposas, mas a origem do perfume foi mantida como segredo.

O patchouli se tornou inicialmente conhecido na Inglaterra em 1820, quando foi usado para impregnar os xales indianos que ficaram tão na moda que os desenhos eram copiados pelos tecelões de Paisley para serem exportados para muitas outras partes do mundo. Contudo, era impossível vendê-los se não cheirassem a patchouli. Na década de 1860, o aroma de patchouli possuía a mesma popularidade na Inglaterra como teria na década de 1960. Durante os anos 60 e 70 este óleo perfumado pungente que tem uma forte referência oriental era usado pelos hippies, que muitas vezes eram ligados ao movimento Hare Krishna. Infelizmente, os hippies contribuíram para a má reputação de óleo de patchouli, porque eles fizeram surgir formulações sintéticas de má qualidade para atender a demanda do mercado.

O aroma de patchouli é descrito como terroso e herbáceo com o coração verde rico e uma base amadeirada. O perfil olfativo de óleo de patchouli, no entanto, depende fortemente das técnicas de cultivo, o tempo da colheita, o processo de secagem e técnicas de destilação. O óleo de alta qualidade é obtido a partir de apenas 3-4 pares superiores de folhas maduras, em que a concentração mais elevada do óleo puro é encontrado. A secagem adequada é assegurada pela colocação das hastes cortadas e folhas em uma superfície seca e virá-los com frequência para evitar a fermentação rápida. Quando o processo estiver completo, as folhas são retiradas dos caules e colocados em cestos para permitir a fermentação e liberação de seu aroma. A qualidade final dependerá também da habilidade do produtor, que controla o nível de fermentação. Apenas um pequeno número de destilarias é especializada na produção deste extrato altamente refinado, que encontra a sua utilização em alta perfumaria.

O óleo de patchouli é obtido por destilação a vapor ou CO2-extração das folhas secas. O óleo tem um sabor rico, balsâmico e herbáceo com um tom mentolado-lenhoso. O absoluto é um líquido verde escuro obtido por extração com solvente de folhas secas. O absoluto tem um aroma rico, pronunciadamente doce, herbáceo e de tom balsâmico.

Uma das características mais maravilhosas do óleo de patchouli é que ele torna-se ainda melhor com a idade. O óleo recém destilado tem propriedades menos ricas em termos de aroma do que um óleo mais “velho”.

Alguns perfumes com notas de patchouli:

Angel, Thierry Mugler

Vanille Patchouli, Molinard

Midnight Poison, Dior

Coco Mademoiselle, Chanel

C’est La Fete Patchouli, Christian Lacroix

Mon Parfum Cheri par Camille, Annick Goutal

Let it Rock, Vivienne Westwood

Tom Ford for men Extreme

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Patchouli

http://www.fragrantica.com/notes/Patchouli-34.html

http://www.renatahermes.com.br/2014/01/oleo-essencial-de-patchouli/


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Farah, Brecourt

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A Brecourt é uma marca francesa de nicho nascida em 2010 pelas mãos (e nariz) de Emilie Bouge. Faz muito, muito, muito tempo eu solicitei no site da marca um kit de amostras, eu tinha lido em outro blog de perfumes sobre tal kit que viria para o Brasil a preço módico, então resolvi pedir. Mas olha, faz tanto tempo, nada achei no site atual da marca sobre esse material…

Todos os perfumes da  marca são de grande qualidade, mas o Farah ganhou meu coração e hoje usei a ultima gotinha da amostra. Segundo as palavras da perfumista que o criou:

“Meu gosto pela cultura oriental inspirou um perfume quente, que o instinto coexiste com requinte. Farah é proibido-tentador. Eu o queria como o acessório de uma mulher que não tem medo de liberar a parcela de erotismo que está dentro dela.”

Farah é de fato quente, exótico e tem uma evolução belíssima na pele. Revela seus encantos aos poucos, é versado na arte da sedução!

A primeira associação que Farah provocou em mim foi a do cheiro de leite com açúcar queimado e canela, daqueles que as mães e avós fizeram pra gente em dias frios. Já tomou? É assim, derrete o açúcar até virar caramelo, joga leite, canela em pau e deixa ferver. Vai perfumar sua casa e sua vida!

Depois senti uma nota animalesca contida. Fera que só passa perto, provoca, assusta, arrepia e parte. Como um grande felino que visita um acampamento noturno para te lembrar que você pode estar por lá, mas na verdade aquele local é dele, e você pode ser devorado se assim for o seu desejo… Doce, viscoso, um pouco sujo. Esse foi então o recado animálico de Farah.

E aí me vem ao nariz um cheiro familiar, algo que eu gosto e como no Natal! Tâmaras! Farinhentas, doces, acolhedoras. Me fez lembrar da Julia Biase.

E aí me distraio. Fico uma meia-hora sem cheirar mais atentamente o Farah, e aí então sou ‘acordada’ por uma nuvem de patchouli terroso, molhado, doce. Aquele patchouli-feiticeiro tentador…

Depois da ‘surra-de-patchouli’ ainda existe o achocolatado/abaunilhado da fava-tonka, o esfumaçado de resinas queimando, o macio e sensual almiscar e outras sensações florais-melífluas!

Libidinoso o Farah, desperta sentidos!

Ah, dizem que se assemelha aos celebrados Ambre Narguille e Dolcelisir!

Notas de saída: canela, styrax, bergamota.

Notas de coração: tâmara, mel, couro, cedro.

Notas de fundo: patchouli, ládano, almíscar, benjoim, fava-tonka.

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http://www.artistsandart.org/2009/07/art-of-anton-pieck-1001-arabian-nights.html

 


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My Heroine, MAC

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my heroine

A MAC é uma marca super aclamada no ramo da maquiagem. Em 2016 lançou seis  perfumes inspirados nos batons mais clássicos e festejados de seu portfolio.

My Heroine. Traduz-se ‘Minha Heroína’. Como interpreto isso? Como o suspiro de quem deixa clara a admiração por alguma mulher que realizou um ato inspirador ou de bravura? Ou entendo como a declaração possessiva de uma pessoa adicta na droga do mesmo nome? Tudo pode ser só basta acreditar, já disse a Xuxa, o perfume pode ser tantas coisas, inclusive um vício…

Antes de qualquer coisa, obrigada minha diva Rosângela pelo envio de tantos mimos, inclusive a generosa amostra do My Heroine. Essa resenha só existe por sua causa, Rosângela!

Confesso que não esperava grande coisa dos perfumes da marca. Não sei o motivo, só sei que paguei a língua, engoli meu ‘achismo’ e tenho que tirar o chapéu pra MAC. Ao menos o My Heroine é uma beleza!

Logo que passei tive uma lembrança muito grande do antigo e magnífico Cabochard*. De onde vem tanto couro, tanta fumaça, tanta sensação de ‘picância’ na ponta do nariz, e aquela vontade louca de cheirar a pele onde o perfume está aplicado?

Junto com o couro e as nota incensadas temos um cheiro muito familiar para  mim: tabaco. Não fumaça de cigarro e sim tabaco a granel, pacote recém aberto que ainda guarda a umidade e a pungência do cheiro.

Aí temos notas incensadas e o patchouli que trazem ao mesmo tempo doçura e profundidade. Tem sim uma nota floral que em alguns momentos se torna mais evidente e trás um vislumbre de luminosidade ao My Heroine, que de nascença, é um perfume escuro.

Desse jeito – escuro, rebelde, agênero, afrontoso – My Heroine é um suspiro, é um vício.

Nota de saída: couro.

Notas de coração: açafrão, incenso, ládano.

Notas de fundo: tabaco, patchouli.

E só pra entrar na brincadeira com o nome do perfume, seguem duas super-heroínas do cinema e das HQs que ornariam perfeitamente com o My Heroine: Spectral, da espetacular HQ Watchmen e Jessica Jones, dos quadrinhos e agora da Netflix!

 

*para resenhas do Cabochard, temos links aqui, aqui, aqui e aqui.


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Anúncios Antigos de Perfumes, quem não gosta?

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Todo mundo gosta! Vamos então viajar no tempo!

Clique para exibir o slide.

Quer mais? Aqui temos um excelente apanhado de imagens de anúncios antigos não só de perfumes, mas de itens de higiene e beleza em geral. Ou você lembra ou já ouviu algum familiar de idade mais avançada comentar! Que tal conhecer o que deixava as pessoas de décadas passadas mais bonitas?


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Dahlia Divin Le Nectar De Parfum, Givenchy

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Que nome comprido! E engraçado, sempre que vejo algum perfume da família ‘Dahlia’ da Givenchy lembro do macabro e misterioso assassinato de Elizabeth Sort, conhecida como The Black Dahlia. O crime ficou eternizado não apenas pela brutalidade e principalmente por permanecer sem solução. Nem vou colocar links porque a coisa é pesada.

Bom, nada a ver o perfume com a moça esquartejada.

Rosângela, mais uma vez agradeço a generosidade pelo envio as amostras!

Dahlia Divin Le Nectar De Parfum – a partir de agora só Dahlia – é muito do bom, mas o nome promete mais do que entrega. Quando falam de ‘néctar de perfume’, penso em um extrato, aquela coisa oleosa e de durabilidade eterna na pele. Mas não. Dahlia se comporta qualquer outro perfume.

Taí um perfume que me enganou! Jurava que tinha muitas frutas maduras e suculentas, achei ali manga, pêssego, pêra. Oficialmente não tem nada disso.

Na verdade toda essa coisa doce, melíflua e frutada vem da mimosa. Florzinha lindeza, carrega em si toda a exuberância, brinca de ser outras coisas…

Logo na sequencia aparece um jasmim moderno, desse que está aparecendo em muitos perfumes, com tonalidade gourmand, brevemente picante e solar.

As notas finais de Dahlia são atalcadas e ‘fofas’, outra vez fui enganada, achei que tinha aqui uma porção de heliotrópio. Mas esse efeito deve vir da combinação da baunilha com a fava tonka e o montão de almíscar. Lá no fundinho sente-se o leitoso verde/doce do sândalo.

É um perfume potente, feito para as ‘femme fatales’ da atualidade, que emanam cheiros adocicados.

Notas de saída: mimosa.

Notas de coração: jasmim sambac e rosa.

Notas de base: vetiver, sândalo, baunilha, fava tonka, almíscar.

Criado por Francois Demachy em 2016.

 


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Black XS, Paco Rabanne*

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Sabe, eu nasci em 1980. E acho que é um mal de toda a geração 80 ser saudosista. Ou talvez porque de fato, os anos 80 foram os últimos que permitiram a fantasia e a real demonstração do que de fato somos. Depois que vieram os perfumes de ar-condicionado dos anos 90 (entre tantas outras inovações tecnológicas), essa ‘fantasia’ acabou se perdendo…

Fato é que esses dias assisti o trailer do que deveria ser a personificação de um dos desenhos preferidos das meninas da década mágica: Jem e as Hologramas! O desenho era tão, mas tão glam rock que acho que influenciou meu gosto musical para sempre! E tinha a ‘banda rival’, as Desajustadas (Urânia, Roxy, Electra e Jetta). Bom, para mais da história do desenho clica no link aí em cima!

O tal do filme NADA tem a ver com o desenho que em 1988 passava no SBT. Se passa nos dias atuais, não tem brinco de estrela, não tem computador holográfico, não tem cabelo de poodle, não tem glam rock. E eu que pensei que as ‘novas’ Hologramas e a própria Jem cheirariam a Black XS, me enganei. Não merecem o Black XS, não merecem… As meninas do desenho oitentista deviam usar o que? Opium pras Desajustadas e Poison pra banda da Jem?

Enfim, saudosismo, descontentamento e Jem a parte, vamos ao Black XS… O perfume tem uma campanha publicitária focada no rock, em atitude. Teve flanker com o Iggy Pop como garoto propaganda! Teve ‘Heart of Glass’, do Blondie!

Black XS tem um belo frasco e um cheiro bem bom! Começa com notas frutais adocicadas e com o patchouli marcando presença desde o primeiro momento, escuro e achocolatado. Passado algum tempo ele se cansa de doçura arrogante/misteriosa e parte para uma feminilidade mais segura, deixa aparecer as rosas e as violetas que me fazem lembrar de maquiagem e batom. O cacau disputa espaço com o patchouli, mas acabam por se entender e ficam bem bonitos juntos.Lá no final ainda aparece uma baunilha comedida, que vai reforçar a união do patchouli e do cacau. Tem mais coisa, tem uma nota amadeirada e leitosa, lembra um pouco o sândalo mas não é. Tem algo de coco, algo de noz-moscada…

O mais divertido é que o patchouli perceptível nas notas de saída dá uma pinta de macheza às frutinhas! E aí vem o cheirinho boudoir da maquiagem e se junta a descompromissada brincadeira… interessante isso!

Embora seja sim intenso, Black XS tem projeção mediana, se não usado em excesso não vai ferir o sentido alheio.

Foi criado em 2007 por Emilie (Bevierre) Coppermann e Mark BUxton.

Notas de saída: cranberry (oxicoco), pimenta rosa, tamarindo.

Notas de coração: rosa, violeta, cacau.

Notas de fundo: patchouli, baunilha, madeira massoia.

E um último desejo: Paco Rabanne, desejo um flanker que tenha a campanha publicitária estrelada pelo Def Leppard!!!!

*Post Republicado (original em setembro/2015)


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Orchid Soleil, Tom Ford

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Como o nome sugere, é o representante veranil da grande família Black Orchid. E gente… que perfume bonito!

Usar esse perfume te conta a história de uma flor branca. Te convida a repousar dentro dela em botão e desfrutar dos primeiros raios de sol no momento de seu desabrochar. Nossa, como ficou bonito isso!

Bom, perfume é uma coisa muito pessoal, e vou falar dele sem grandes pretensões, exatamente como o senti. Ao passar na pele senti um amargor, algo verde. Me fez pensar na hora em um caule suculento de um copo-de-leite sendo mordido.

Logo depois desse momento veio a sensação de estar dentro do botão, da flor prestes a abrir. Era tão animálico, tão orgânico, pulsante!

E aí a flor, banhada do sol morno da manhã, desabrocha. Vai, espreguiça e respira fundo! A flor branca ganha a mesma nuance do jasmim presente e reinante no Alien da Thierry Mugler, se torna adocicada e brilhante. Mas olha, nada de espalhafato, o negócio aqui é ainda orgânico e vital, o cheiro serve para atrair polinizadores e cumprir sua função de flor: dar sequência à vida da planta.

Depois deste espetáculo todo o perfume ainda mostra que tem baunilha e algo cremoso e comestível. Sabe, achei que parece Nutella (a versão gourmet do nosso antigo ioio cream, não é?).

A aí, lá no finzinho tem algo de orquídea nele. Aquela orquídea de cheiro cremoso e exótico, dessas flores que só aparecem uma vez por ano (quando bem cuidadas) e talvez seja por isso tão preciosa.

Lindo, o Orchid Soleil, lindo!

Lançado em 2016 e criado por Sonia Constant.

Notas de saída: pimenta rosa, cipreste, laranja amarga.

Notas de coração: tuberosa, lírio vermelho.

Notas de fundo: baunilha, patchouli, castanha, chantilly, orquídea.

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Patchouli Anos 70, Atelier Segall & Barutti

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Antes de mais nada, esse perfume foi um presente da querida amiga Rosângela. Percebeu que eu andava tristinha, desanimada… e o que é melhor pra levantar o meu astral do que um perfuminho novo?

Sendo assim, esse perfume me é mais do que especial! Maaaaas, se você acha que por causa do apreço sentimental eu vou fazer uma resenha puramente elogiosa, você

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Vamos começar pelo frasco. Levanta a mão aí quem já viu o perfume Inoubliable Elixir Patchouli, da Reminiscence? Não viu? Eu mostro:

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Agora veja a apresentação do perfume do Atelier Segall & Barutti e tire suas conclusões…

O perfume é um pouco oleoso, a marca afirma que em sua composição estão óleos essenciais de patchouli da Índia, Malásia e Indonésia. Eu sou fã confessa de patchouli e suas muitas facetas. Esse aqui tem aquele jeito de casa de produtos esotéricos, daquela fase em que você usava roupas saias indianas e era meio riponga. Passou por isso? Eu tenho ‘revivals’ até hoje…

E agora vem o engraçado… usei o perfume algumas vezes, algumas prestei atenção a faceta adocicada do patchouli, outras dei mais bola a seu lado herbal e ‘raizento’, priminho do vetiver. Sempre juro que o perfume não dura uma hora sequer na pele. Fico cheirando os braços e os locais onde apliquei buscando o cheiro do patchouli – não sinto nada. Aí de repente sinto uma nuvem perfumada exalando do meu corpo. Que coisa louca! Não o sinto na pele mas o sinto ao meu redor, como se uma nuvem delicadamente perfumada me seguisse e protegesse das mazelas do cotidiano.

Um desses dias cheguei a compará-lo a uma dessas colônias vendidas em lojas de artigos religiosos. Nesse dia fiz a comparação, assumo, de forma pejorativa. Hoje faço a mesma comparação, porém de forma sorridente e agradecida. Que melhor escudo posso querer perante um dia cheio de percalços, do que o carinho da amiga que me presenteou, e do aroma mágico do patchouli que me rodeia?

Imagem retirada do site da marca: http://ateliersegallbarutti.com.br/produtos?olsPage=products/parfum-patchouli-anos-70-oleo-da-indonesia&olsFocus=false


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Floratta Flores Secretas, O Boticário

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Minha controversa história com o Boticário… de um lado o amor eterno aos perfumes Thaty, Lavanda Pop e Innamorata. Por outro a antipatia pelos últimos cinquenta lançamentos e achar que na verdade quase tudo ali é contratipo disfarçado…

Enfim, me inscrevi no site para ganhar uma amostrinha do Flores Secretas, novidade da tradicional linha Floratta – que está toda repaginada – com belos frascos! Mais uma coisa, a linha toda agora tem 75ml no frasco, não mais 100ml. O preço continua na faixa, não reduziu…

O perfume tem como estrela principal o figo! O polêmico figo… que na verdade, não é uma fruta, é uma flor cheia de histórias para contar.

Segundo o site da marca, o perfume tem como notas olfativas: “O topo abre com uma cesta suculenta de frutas com Figo, Grapefruit, Maçã e Laranja. O coração segue com um buquê floral vibrante com Cashmere, Freesia e Flor de Figo, enquanto o fundo tem um toque aveludado com Framboesa, Musk, Pêssego Aveludado e Âmbra.”

O que eu achei? É um perfume gostoso, mas o figo ficou tão tímido… Devia ter presença mais marcante. Começa com notas frutais suculentas e maduras: figo, cítricos, pêras. Na sequência temos notas florais intensas, frescas e com cara de sempre. Como assim? Já senti esse cheiro em outros perfumes da marca… Mas espera, aqui o perfume ganha ‘volume’ e projeção, fica exuberante e alegre! Aquele perfume que vai agradar muita gente, sabe? O pêssego é bem presente, sumarento, macio e de espontânea sensualidade.

Lá no fundo tem notas amadeiradas/almiscaradas que dão uma aura limpa/confortável ao perfume e a já batida combinação de framboesa com notas ambarinas, que deixam lá no fundo mais uma sensação de déjà vu, aquela coisa brevemente gourmand que temos visto com frequência.

Em outras palavras, Flores Secretas é, teoricamente, um perfume ousado e feito com ingredientes exóticos. Aliás o nome é muito bem empregado, uma vez que o figo é uma espécie de flor invertida que floresce internamente, dando origem ao pseudofruto. Mas na realidade, o perfume transita dentro da margem de segurança, foi feito para agradar as massas e vender aos litros. E não é essa a intenção da marca? Sendo assim, parabéns, será um êxito!

 


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Voltando no tempo (de novo): mais anúncios antigos de perfumes!

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Nostalgia pura para vocês! Hoje veio uma seleção caprichada, para compensar a falta de atualização do blog! Explico: estou de férias, afinal aloucadosperfumes também tem descansar!

E aí tem Avon, Elizabeth Arden, Dior, 4711, Max Factor (lembra dessa?)…

Vamos lá?

Clique para exibir o slide.

 

Natura em Festa! Aloucadosperfumes foi!

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Ontem, dia 13/12 aconteceu na Casa Natura Musical a celebração do sucesso alcançado pela marca no ano de 2017. E adivinha, aloucadosperfumes foi convidada! Não ia perder essa oportunidade né? A Natura sabe fazer festa heim… foi maravilhosa e vou contar tudo pra vocês!

Segundo a assessoria de imprensa, “A Natura celebra sua essência brasileira em noite de comemoração do ano de sucesso da perfumaria, a partir do novo posicionamento da marca. Lançado em março deste ano, o posicionamento da Natura como A Casa de Perfumaria do Brasil mostrou fragrâncias que nascem da alma brasileira, do Brasil que arrepia, da mistura única de ingredientes e originalidade de um país contemporâneo e vibrante.”

Cheguei cedo no local do evento e tive a alegria de encontrar a querida, diva e mestra Renata Ashcar. Começamos bem né! Entramos, atravessamos um originalíssimo corredor de fitas coloridas, deixamos nossas coisas na chapelaria e demos de cara com uma belíssima instalação com diversos perfumes, olha aí embaixo!

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Ao entrar, havia diversas prateleiras com muitos, muitos, muitos perfumes da marca, inclusive os lançamentos Kriska Shock, Kriska Drama, Kaiak Aero. Todos deliciosos! Passei tanto, mas tantos perfumes, acho que vocês fariam o mesmo…

Do outro lado, tínhamos uma bancada com os magníficos óleos essenciais das matérias primas utilizadas nos perfumes da Natura. Encantei-me com a priprioca, o breu, a flor do mel, o estoraque, a paramela. O capim santo me fez delirar, me senti em outro mundo!

Além de tudo isso, estava lá a perfumista exclusiva da Natura, a brilhante Veronica Kato. Enfrentei a fila de fãs para tirar uma foto com ela! E qual não foi minha surpresa: educada que sou (ou tento), me apresentei e falei do blog. Ela disse, toda sorridente, que já tinha entrado e lido! Morri de honra e felicidade!

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Saí horrível (juro que sou melhorzinha!), mas e Veronica está gatíssima, isso que importa!

Subi ao piso superior e fiquei babando nos detalhes da Casa Musical. Tudo lá é lindo e bem pensado… No primeiro andar tinha um bar, além do placo onde acontecem as apresentações musicais. Ah, o bar… Com drinks criados especialmente para o evento, utilizavam as mesmas matérias primas dos perfumes! Que delicia!

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A essa altura vocês já perceberam que eu sou péssima na arte da fotografia né?

Drinks incríveis, comidinhas primorosas. Além da companhia da Renata, estavam lá o Cassiano do Perfumart e a Tania Muller do Blog Tania Muller. Companhias adoráveis! E a amiga da Renata, que eu infelizmente esqueci o nome! Que mulher, quero ser sua BFF!!!

Olha eu o Cassiano aqui:

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Ainda estavam lá os queridos Jhony Togneri do Manual dos Perfumes e o Caio Mecca.

Tivemos uma uma breve apresentação sobre os novos lançamentos na área da perfumaria, vimos as novas campanhas publicitárias que estão fortíssimas e belíssimas. E aí eu fui lá fora fumar um cigarrinho. Qual não fui minha surpresa ao ver, na entrada do evento, a apresentação de um grupo tocando ritmos típicos brasileiros com alguns dos músicos sus-pen-sos no ar! Cada vez mais surpreendida!

Aí iniciaram as apresentações musicais. Tivemos Emicida, Rael, Liniker, Margareth Menezes e Dona Onete. Alías, arrepiante a interpretação da Liniker e da Margareth para a fabulosa música “Mulher do Fim do Mundo” da divíssima Elza Soares, uma das artistas apoiadas pelo Projeto Natura Musical.

O show de Margareth Menezes transformou a pista em um carnaval fora de época. Aí você me pergunta: ‘Diana, você gosta de carnaval?’ ‘Não’. ‘Diana, você gosta de axé?’ ‘Não’. ‘E você curtiu?’ ‘Nuoooosssaaaaa, se curti. Pulei e dancei até doer os pés.’ Completamente contagiada por essa música!

Dona Onete também me tirou do chão heim… Simpaticíssima, ela é apaixonante!

Se alguém filmou eu jogo a culpa nos drinks.

Findos os shows, foi aberta a pista de dança e eu continuei lá, me requebrando toda. Culpa dos drinks, outra vez…

Em breve falarei pra vocês dos perfumes Kriska Drama e Kaiak Aero, ambos deliciosos!

Natura, Joyce, mil vezes obrigada pelo convite! Que em 2018 o sucesso triplique!

Vocês manjam de fazer festa!!! Como foi bom!

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Rose Absolue, Yves Rocher

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A Yves Rocher é uma marca francesa que está no mercado desde 1959 e tem muitos, muitos perfumes em seu catálogo. Aliás, por dizer em catálogo, na Europa é desta forma que a marca se conecta com seus clientes, através da velha e boa revistinha! Quem não gosta né?

Encontrei no armário uma amostrinha do Rose Absolue (não lembro quem me presenteou com ela). O perfume faz parte da linha Secrets d’Essences e foi criado pela perfumista Christine Nagel em 2006.

A rosa, rainha das flores! Tantos olhares sobre ela podem existir na perfumaria, não é mesmo?

Rose Absolue vai por um caminho seguro, sem inovações ou riscos. Começa com rosas frutadas, com toque de lichia e morango sintético de batom infantil (se você pensou no saudoso brilho labial em formato de morango, acertou!). Tem uma delicada nuance picante, advinda de alguma especiaria? Tem. Mas é tão sutil que não consegui identificar.

Durante umas duas horas Rose Absolue mantém essa ‘pegada’ de maquiagem. Não está nas notas oficiais do perfume, mas eu juraria que tem uma violetinha adocicada fazendo companhia para essa rosa. Findo esse período, a Rosa se cansa do aspecto boudoir e da companhia da violeta e lembra que o reinado é dela!

Se espreguiça e revela uma aspecto mais natural de flor, de repente parece que estou carregando uma braçada de rosas vermelhas! É aveludada, cremosa, mais adulta. É uma rosa que ‘cresce’ na sua pele.

Mais pra frente encontramos o picante/doce do patchouli, notas amadeiradas e a doçura elegante da fava tonka. Aqui então temos uma rosa com aspectos quase comestíveis, mais luxuriante.

Uma vez tomei um suco de rosas. O gosto não me agradou não, mas o cheiro… Ao usar esse perfume me lembrei dele!

É um perfume bonito, sem ser espalhafatoso. Evolui com sutileza e eficácia, proporciona um belo encontro com a Rainha das Flores.

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Agora uma má notícia: ele foi descontinuado…

Notas de saída: canela.

Notas de coração: rosa.

Notas de fundo: patchouli, cedro, fava tonka.

 

“Então é Natal…”

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E não me interessa o que você fez!!! Cada um com sua vida, viu, dona Simone! Que tal fecharmos o ano e celebrarmos a data com aqueles amados anúncios de perfumes antigos, desta vez TODOS com temas natalinos?

Independente de suas crenças religiosas, o Natal é época de reflexão, amor, reunião, consumo desenfreado. Vamos festejar! Feliz Natal para todos vocês!

Clique para exibir o slide.

Xocoalt, Fueguia 1833

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“Já escrevi sobre esse perfume no blog?” Sim. “Então, sua louca, por que está escrevendo de novo, com tanto perfume por aí para resenhar?”

Por dois motivos… primeiro porque muitas vezes nossa percepção sobre um cheiro muda. Não é assim com todos os sentidos? O que hoje lhe é delicioso ao paladar amanhã poderá ser enjoativo e assim por diante. Segundo, porque eu quero! Achei hoje o restinho da amostra do Xocoalt e o senti como que pela primeira vez! E resolvi relatar esse reencontro…

Vamos falar um pouco do chocolate, de sua origem. Pois para mim o Xocoalt da argentina Fueguia está bem mais perto do original do que do cremoso e leitoso produto que hoje conhecemos.

Nasceu como a bebida dos deuses maias e era utilizado em transações comerciais como moeda. Por volta de 1400, os astecas dominam a civilização maia. O cacau novamente servia de alimento e oferenda para os Deuses. A bebida feita com o cacau adicionada de pimenta, baunilha, mel, flores e outros ingredientes recebe o nome de cacauhatl (água de cacau) ou xocoatl (água amarga) e era consumida pela nobreza. Os pobres consumiam em ocasiões especiais – como casamentos – misturados a um mingau de milho. Mas havia outro jeito de apreciar a bebida tão preciosa: o indivíduo que se oferecesse a sacrifício receberia o xocoalt como um agrado, antes de partir. Isso acontecia em eventos como o festival feito em homenagem a Huitzilopochtli.
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Segundo o site de uma conhecida marca: quando as caravelas espanholas apareceram pela primeira vez na linha do horizonte, os astecas acreditaram que estavam assistindo ao cumprimento de uma antiga profecia religiosa: a volta à terra do deus Quetzalcóatl, a serpente sagrada, que teria originalmente trazido o cacau do mundo das divindades para o mundo dos homens. Os historiadores afirmam que, ao confundir o colonizador Fernando Cortez com Quetzalcóatl, os astecas o receberam de braços abertos. Quando viram que estavam enganados já era tarde demais. Durante o processo de conquista, os espanhóis destruíram a complexa civilização nativa. E levaram o chocolate para a Europa.

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Xocoalt possui um desempenho incrível, em minha percepção. Inicia com um floral adocicado narcótico e enquanto você ainda está inalando profundamente esse elixir, surge uma nota picante, dessas de fazer coçar a ponta do nariz. Tem uma pimenta aqui né?

De repente sinto algo que lá no fundo, lá no âmago tem um quê salgado: castanhas ou algo do gênero.

E aí começa a se apresentar o cacau. Polvoroso, brincando de ser doce, de ser amargo. As vezes é alcoólico e licoroso, outras é íntimo da baunilha e ainda em uma terceira opção tem uma companhia floral atalcada e cremosa. Seria capaz de jurar que tem íris aqui…

Assim mutante, Xocoalt foi seduzindo e conquistando. E me fez desejar um vidrão dele, para sempre que quiser me tornar uma princesa asteca. Aí entro no site da marca e vejo que um vidro de 100ml custa a bagatela de 351 dólares.

A triste realidade mostra que eu não descendo da nobreza asteca. Acredito que atualmente não mais ofereçam sacrifícios humanos a Huitzilopochtli. E sei que não tenho R$ 1.138,74 reais para gastar em um único perfume…

Assim termina minha amostra e minha história com o Xocoalt. Nunca te esquecerei viu…

Lançado em 2010, filho do perfumista Julian Bedel, tem como notas olfativas oficiais: orquídea, baunilha, cacau e rum.

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Toxic! Pink, Natura

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Sou fiel espectadora do Ru Paul’s Drag Race e já perdi a conta de quantas vezes as queens dublaram a música Toxic, da Britney Spears. Eu não sou entusiasta dessas ‘divas pop’ e menos ainda do estilo de música por elas executado, mas não consegui não associar o perfume à música. E não acho que errei heim…

Vamos começar pelo frasco. Simples e bem executado, com rótulo propositalmente destruído, tem cara de perfume de marca moderninha avessa ao mainstrean. A parte de dentro do rótulo é rosa e isso causa um bonito jogo de cores e reflexos.

Toxic! Pink é adocicado, como professa e pede a perfumaria atual. Me trouxe flashbacks de vários perfumes, entre eles Le Petit Robe Noite, Miss Dior Cherie, Ricci Ricci, Humor 5, Egeo Cherry. Como se fosse uma grande mistura!

Assim que passei na pele senti cerejas em calda rodeadas de flores. Aí surge uma pimenta que deixa tudo mais interessante e ‘quebra’ o dulçor do primeiro momento.

Tem aqui aquela rosa moderna e frutada, jasmim iluminado e de sensualidade contida. No fundo temos âmbar aos montes, mais e mais cerejas, almíscar macio que dá a sensação de estarmos ‘vestidos com o cheiro’.

Eu, que sou fã dos perfumes gourmands e sempre achei que os demais perfumes citados acima deviam ter pesado mais a mão na cereja, fiquei bem feliz! Mas não é nada inovador, ao usar ele fica aquela sensação de que já usamos algo parecido antes.

É um perfume doce, atrevido, alegre. Como um bom sucesso pop deve ser!

Notas de saída: bergamota, mandarina, pimenta rosa.

Notas de coração: pétalas de rosa, jasmim, muguet.

Notas de fundo: âmbar, licor de cereja, musk.

 


Eau Spontanée, L’Occitane en Provence

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Tá calor, cada dia pior. Como viver com os termômetros marcando 35 graus né? E não é só a sensação ruim, são os demais inconvenientes do calor: mosquitos e com eles, doenças. Pulgas, baratas, gente suada no transporte público… Seria capaz de citar mil inconvenientes do calor, mas vou parar. Já deu pra perceber que o verão não é minha estação predileta né?

Nesses dias nada melhor que um perfume leve, lotado de cítricos e outras notas refrescantes. Venham, colônias! São os dias de teu reinado!

Esses últimos dias usei o Eau Spontanée e fiquei muito feliz com seu desempenho. Dura bastante tempo na pele, prolonga a sensação de banho e sentir seu cheiro me refresca!

Ouvi dizer que esse perfume foi descontinuado, mas achei um vidrão dele em um famoso site de desapegos.

Assim que tocou a pele senti casca de cítricos, pêssegos ‘adolescentes’ – nem muito verdes, nem maduros, daqueles ainda durinhos – e outra nota frutal que eu não soube identificar.

Logo senti uma nota floral cremosa e elegante: claro, é a rosa, rainha das flores!

Volta e meia aparece uma frutinha vermelha doce/azedinha que faz uma diferença enorme no perfume, quebra a sobriedade da rosa com graciosidade.

Lá no fundo temos o cheiro de pele limpa, de amaciante e de conforto proporcionado pelo almíscar. Ainda depois sentimos uma nota amadeirada verde e seca. E o perfume te oferece uma nova faceta do frescor!

Eau Spontanée é uma excelente companhia para o verão!

Notas de saída: bergamota, nectarina, romã.

Notas de coração: rosa, groselha.

Notas de fundo: almíscar e cedro.

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Batucada, L’Artisan Parfumeur

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Já que está chegando o famigerado Carnaval, vamos falar do belíssimo Batucada! Aliás, batucada é o nome de um ritmo musical e também tem significado religioso, sabiam? Eu não sabia… se você achar interessante tem uns links bacanas no final do texto!

Criado por Karine Vinchon e Elisabeth Maier em 2010, Batucada se inspirou no Brasil e em um drink pra lá de conhecido, a caipirinha!

O perfume é incrível e perfeito para dias quentes, tem uma linda evolução e ‘fixação’ na pele, transmite entusiasmo e energia!

Começa com notas adocicadas e frescas, limão recém cortado e açúcar sendo polvilhado por cima. Tem ainda um toque herbal geladinho que dá uma sensação de ‘frizz’ no nariz, algo borbulhante!

Logo em seguida você piscou, e quando reabriu os olhos estava usando um belíssimo colar de flores, daqueles de havaiana: flores exóticas e cremosas, com pinta de praia te rodeiam e te fazem puxar o ar com força para aproveitar o perfume!

Senti tiare, a flor que me faz pensar em protetor solar, areia e uma idealizada semana de férias em Honolulu. Achei que tinha um jasminzinho aqui, mas segundo as notas olfativas oficias do perfume eu estou delirando. O que tem é ylang-ylang!

Em Batucada temos o tempo todo uma brisa salina, orgânica e mineralizada. No começo não soube dizer se era uma brisa marítima ou o suor de uma pessoa lotada de protetor solar exposta ao sol na beira da praia. Aí vem uma onda e acerta em cheio meu nariz! É mar, é alga, é sal, é sol! Daí que vem a salinidade do Batucada! Da beira do mar…

Para finalizar esse bem executado delírio tropical, tem coco leitoso e cremoso! Nada doce, nada enjoativo…

Batucada é tudo que um gringo imagina do Brasil! O paraíso!

Notas de saída: açúcar, limão, hortelã.

Notas de coração: tiare, ylang-ylang.

Notas de fundo: coco, água do mar, sal.

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Outras fontes: https://historiasdopovonegro.wordpress.com/talento/batucada-brasileira/.

https://jornalggn.com.br/noticia/a-origem-da-palavra-batuque-e-os-rituais-de-jeje

http://cantorasueligushi.blogspot.com.br/2012/11/batucada-batuque-batuque-de-umbigada.html

Imagem: http://loucosporpraia.com.br/praia-do-aventureiro-ilha-grande-2-2/

Quer propagandas antigas? Então toma!

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Percebo que os posts que trazem propagandas antigas de perfumes fazem sucesso! Nos trazem lembranças e nos enchem de saudade! Hoje trago propagandas de três perfumes de grande sucesso em épocas passadas, alguns deles seriam impensáveis nos dias de hoje por diversos motivos.

Porém os mesmos continuam a disposição na internet, então não vejo problemas em reproduzi-los aqui.

E você, se lembra do After Sport, da Seiva de Alfazema, do desodorante Impulse e da colônia Lancaster?

Carnaval! Antigamente, era tempo de lança-perfume!

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Conta minha mãe, nascida em 1939, que em seus tempos de menina, carnaval era época de lança-perfume.

Segue um pouco sobre tal produto, segundo a Wikipedia…

O lança-perfume foi industrializado pela Rhodia (empresa francesa) e importado para o Brasil a partir de sua sede na Argentina. Em 1922, era fabricado o primeiro lança-perfume nacional pela Rhodia instalada em São Bernado do Campo, ABC de São Paulo. O lança-perfume apareceu no carnaval de 1904 no Rio de Janeiro, sendo rapidamente incorporado aos festejos carnavalescos de todo o Brasil, principalmente nos blocos de rua e bailes. O produto tornou-se símbolo do Carnaval.

A marca Rodouro foi muito solicitada nos carnavais brasileiros, até que os foliões passaram a utilizá-la como bebida ou inalá-la. A partir de então, foi proibido o uso em salões e mais adiante a sua comercialização.

Em 1961 por recomendação do jornalista Flávio Cavalcanti seguida de um decreto do então Presidente Jânio Quadros, o lança-perfume acabou sendo proibido no Brasil, após alguns casos de morte de usuários por embriaguez seguida de acidentes fatais.

Veja mais sobre aqui. Segundo tal fonte, o produto tinha cheiro semelhante ao L’Air dus Temps de Nina Ricci!

Mas vamos viajar no tempo de novo, e ver antigos anúncios de lança-perfume!

Se liga na mão-boba do Pierrot…

 

 

Aloucadosperfumes

Conta minha mãe, nascida em 1939, que em seus tempos de menina, carnaval era época de lança-perfume.

Segue um pouco sobre tal produto, segundo a Wikipedia…

O lança-perfume foi industrializado pela Rhodia (empresa francesa) e importado para o Brasil a partir de sua sede na Argentina. Em 1922, era fabricado o primeiro lança-perfume nacional pela Rhodia instalada em São Bernado do Campo, ABC de São Paulo. O lança-perfume apareceu no carnaval de 1904 no Rio de Janeiro, sendo rapidamente incorporado aos festejos carnavalescos de todo o Brasil, principalmente nos blocos de rua e bailes. O produto tornou-se símbolo do Carnaval.

A marca Rodouro foi muito solicitada nos carnavais brasileiros, até que os foliões passaram a utilizá-la como bebida ou inalá-la. A partir de então, foi proibido o uso em salões e mais adiante a sua comercialização.

Em 1961 por recomendação do jornalista Flávio Cavalcanti seguida de um decreto do então Presidente Jânio Quadros, o lança-perfume acabou sendo…

Ver o post original 53 mais palavras

Lovely, Sarah Jessica Parker

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Nada tenho contra perfumes de celebridades, o único problema é que a grande maioria segue um caminho fácil, já conhecido e que certamente terá grande aceitação popular.

Mas Lovely, você não é desses né? Engraçado, pois é sim um perfume que agrada a todos e é fácil de usar mas não trilha o mesmo caminho olfativo da grande maioria dos perfumes de artistas famosas.

Só pra constar, muitos comparam o Lovely ao Narciso Rodriguez for Her.

É um perfume floral almiscarado com exótico toque salino. Assim que borrifei o perfume na pele senti a lavanda e um cítrico-talquinho com pinta de produto infantil. Durou pouco esse colinho… logo fui assaltada por um cheiro familiar porém estranho em um perfume: azeitona. Sim, aquela azeitona que vem espetada num palito, dentro da taça de martini? Que ficou mergulhada em liquido doce mas não perdeu sua salinidade e identidade? Ou ainda o cheiro que você sente quando despeja na pia a água da conserva de um grande vidro de azeitonas? Pois é…

Mas não assusta não, é uma sensação gostosa esse cheiro salino-oleoso! Na sequência aparece um patchouli brevemente canforado e uma nota floral macia e polvorosa. Tem também algo sutilmente picante que deixa no nariz uma sensação efervescente e faz o perfume ‘crescer’ na pele.

E a partir daí Lovely faz o caminho do almíscar: quilos, litros, pacotes de almíscar confortável e limpinho. As vezes lembra amaciante de roupa, outras vezes me faz pensar em cabelos recém lavados ao sol. Eu e minhas estranhezas…

Tem também notas amadeiradas mais ‘secas’ que trazem equilíbrio e maturidade ao perfume.

Mas a graça dele, o tempo todo, é o toque salino.

Lovely é um perfume fácil de agradar, mas nem por isso podemos dizer que ele é simples ou comum. Longe disso. Não perca a chance de experimentar caso o encontre!

Criado em 2005 por Clement Gavarry e Laurent Le Guernec, ganhou em 2006 o FiFi Award Best Nacional Advertising Campaign/TV.

Notas de saída: lavanda, tangerina, bergamota, martini.

Notas de coração: patchouli, orquídea, pimenta branca.

Notas de fundo: almíscar, âmbar, cedro, notas amadeiradas, sal.

Sabe o que eu acho legal dessa propaganda? Ao menos na minha percepção, não me parece que Sarah está tentando seduzir alguém, como na grande maioria das propagandas de perfumes. Me parece que ela está se sentindo tão bem, tão confortável, que está curtindo um momento só seu! Que está ali para ela e só, é o suficiente!

 

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