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Sortilege, Irma Shorell (Long Lost Perfumes)

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Sortilege Long Lost Perfume for women

Se prepara para um texto longo e bem doido…

Antes, vamos contextualizar temporalmente o perfume Sortilege. Ele é originalmente da casa Le Galion e foi lançado em 1937. Nos anos 70 a casa Le Galion foi vendida para uma companhia americana e acabou por encerrar suas atividades. Tempos depois foi comprada e reerguida por Nicolas Chabot, que relançou os grandes perfumes da marca. Sortilege ressurgiu em 2014.

As propagandas do Sortilege sempre foram lindas e cheias de mistérios! Eram sereias, dançarinas burlescas, castiçais que lembravam garras…

Clique para exibir o slide.

Aliás, outros perfumes da marca tiveram belíssimas propagandas ilustradas por Claude Maurel, olha aqui e vê que beleza os anúncios do Snob e do Borrasque!

Aí que entra minha prodigiosa imaginação… quando eu era criança, tive um disco de vinil daqueles coloridos que contava a história da Branca de Neve, eram as falas do filme. E eu decorei. Até hoje sei boa parte. Começa com a invocação feita pela madrasta: “Escravo do espelho mágico… Deixa o infinito espaço e vem pelas trevas, eu te convoco… Fale! Deixa-me ver tua face!“. Se quiser ver tem aqui.

Na parte do filme em que os anões discutem sobre permitir ou não a permanência da princesa na casa, o Zangado fala que as mulheres são perigosas e cheias de sortilégios. Quanta amargura, pequeno homem! Antes de polemizar o discurso machista vamos entender que o filme é de 1938. Bem depois disso ainda tínhamos propagandas como estas aqui rolando soltas.

Quando a madrasta vê que o caçador não teve coragem para assassinar a doce Branca de Neve, resolve que vai fazer um feitiço para acabar de vez com a raça da princesa e com a inveja que a corrói. Eis sua fala:

A fórmula que transforma minha beleza em feiura… Faz das minhas vestes de rainha, vestes de mendiga! Pó mágico para envelhecer. O meu abrigo será o manto da noite! Para envelhecer minha voz, o riso de uma bruxa; para branquear meus cabelos, um grito de horror! O vendaval aviva o meu ódio! Relâmpago para misturar! Agora começa o teu sortilégio!
Pensando bem, que coisa pesada para um filme infantil né? Mas não, minha mente não se corrompeu por que eu ficava recitando isso pela casa aos 5 anos de idade…

Tudo isso para falar que ouvi a palavra sortilégio pela primeira vez assistindo Branca de Neve. E o que no final isso significa?

Sortilégio se refere ao ato ou ação de enfeitiçar, encantar ou seduzir, através de atributos naturais ou artificiais. Etimologicamente, o termo “sortilégio” se originou do latim sortilegium, que significa “adivinhação”. Na definição tradicional da palavra, sortilégio está relacionado com praticas consideras ocultas, como a feitiçaria, a bruxaria ou a invocação de espíritos malignos com o intuito de conquistar algum objetivo pessoal. A palavra sortilégio ainda pode ter o sentido de maquinação, combinação ou conspiração, normalmente com a intenção de obter algo, um desejo pessoal. (Fonte: https://www.significados.com.br/sortilegio/)

Então, como não morrer de curiosidade pelo perfume Sortilege? Mas o antigo, lá de 1937.

Até que descobri que a companhia de Irma Shorell teve um projeto chamado ‘Long Lost Perfume’, que visava recriar perfumes há tempos esquecidos. O perfumista desse projeto foi Jeffrey Dame.

E comprei pelo Ebay um frasquinho de 15ml.

A versão da Long Lost perfume de Sortilege é bonita e datada. Quem curte portentosos florais aldeídicos como Chanel 5 e Je Reviens vai adorar.

E aí que eu escrevi tudo isso para dizer que não avaliei Sortilege tentando descobrir quais suas notas olfativas. Ele é bem complexo e para mim é a materialização de uma palavra que na infância me fascinava mas não era muito bem compreendida. É o destino da Branca de Nove preso em um frasco! Como então reduzir a palavras uma fascínio infantil?

Seguem suas notas olfativas, descritas por um famoso site:

Notas de saída: for de laranjeira, bergamota, pêssego, aldeídos.

Notas de coração: jasmim, ylang ylang, raíz de íris, rosa, líri-do-vale, violeta, lilás.

Notas de fundo: vetiver, almíscar, sândalo, opoponax, musgo de carvalho, âmbar, styrax, fava tonka, baunilha.

Se Sortilege cumpriu a função de me encantar, seduzir, enfeitiçar? Sim, com sucesso! Perfumes de outrora sempre me encantam! Imagino que era o preferido da Rainha Má.

Regina, da série Once Upon A Time também ornaria lindamente com ele!

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Rebel Glam, Natura

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Que a Natura está cada vez mais inovando e ampliando seu portfólio de perfumes, acredito que todos já tenham percebido!

Em pouco tempo a linha de maquiagem Faces nos trouxe dois perfumes: o Toxic! Pink (falei dele aqui) e agora o Rebel Glam. O Rebel foi criado em parceria da perfumista Veronica Kato com o perfumista turco Ilias Ermenidis, da casa Firmenich.

Embora seja descrito como um perfume jovem, acredito que vai conquistar fãs de todas as idades. Minha mãe tem 79 anos e por um triz consegui salvar o perfume de suas mãozinhas…

Se você é fã do Miss Dior, tem grandes chances de gamar no Rebel Glam, pois seguem um caminho olfativo semelhante.

O frasco, bem como o do Toxic! Pink é simples e o rótulo (a etiqueta, sei lá como chamar) rouba toda a atenção. Tem fundo vermelho e a palavra Glam vem toda entrecortada.

Assim que passei na pele, pensei: é picante, doce, suculento! Me fez pensar em um delicioso, doce e aparentemente inofensivo coquetel de frutas alcoólico! Ao mesmo tempo tem um quê crocante. Sim, isso mesmo, crocante! A sinestesia é algo lindo e me fez pensar no cheiro e na sensação de morder uma maçã geladinha.

Logo surgem notas florais cremosas, aquele cheiro de maquiagem cara nova. O caramelo é delicadíssimo, nada de doçura extrema. Casa lindamente com o ambrette e tem um aspecto amendoado morno.

Depois de uma três horas sente-se o patchouli, o sândalo, âmbar, o almíscar confortável e uma breve nota de couro. Brevemente defumada, oferece uma rebeldia discreta ao perfume. Coisa que a pimenta lá do começo já tinha representado muito bem.

Rebeldia consciente, bem educada e que trará resultados. Algo bem millenial.

Projeção e ‘fixação’ excelentes, não precisa mais do que duas borrifadas para marcar presença! É disso que o povo gosta!

Notas de saída: Ameixa, Framboesa, Frutas Exóticas, Maçã, Rum, Mandarina, Pimenta Rosa.

Notas de coração: Ambrette Seeds, Magnolia, Jasmim, Caramelo.

Notas de fundo: Cedramber, Benjoin, Sândalo, Musk, Baunilha, Patchouli, Suede.

Le Petite Fleur Secrète, Paris Elysees

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Antes de tudo, obrigada Paris Elysees pelo envio de seu novo perfume!

Já disse muitas vezes aqui no blog que tenho grande carinho pela marca e adoro os perfumes por ela feitos! Boa qualidade, bom preço: perfume importado para todos!

O Le Petite Fleur Secrete (vou chamar pelas iniciais, LPFS) tem o mesmo frasco bonito de todas as outras ‘pequenas flores’ da marca: uma laço que lembra muito um Guerlain lá de 1937, o Coque d’Or. Esse perfume inclusive foi relançado em 2014… Outro Guerlain que usou o belo frasco laço foi o Mon Exclusif, de 2015.

A tampa vem em formato de flor em material plástico e é preciso tomar cuidado: nunca segure pela tampa o seu LPFS!! Ela escapa facilmente e seu perfume pode acabar espatifado no chão…

Minha primeira impressão do perfume: Olympea! Isso é ruim? Nada, isso é maravilhoso! Vi em muitos sites onde o perfume está a venda que sim, Olympea é a referência olfativa do perfume, e deixar claro isso claro para o consumidor é uma obrigação boa atitude! Ostentar um perfumão por um precinho? Quem não quer?

LPFS começa com notas florais e frutais doces e picantes. Esse ‘picante’ é diferentão e te trás outra sensação além do ‘picante’: frescor. Gostoso isso…

Logo surge uma baunilha diferente, brevemente salgada que dá toda a diferença pro perfume e o afasta da mesmice.

Me lembra também caramelo salgado..

E tem muita madeira aqui heim! Notas de cedro e sândalo que dão um aspecto defumado que casam bem com o doce-salgado da baunilha.

Notas de saída: tangerina verde, flor de gengibre e jasmim aquático.

Notas de corpo: baunilha salgada

Notas de fundo: sândalo, madeira de caxemira, ambergris.

A Taste of Heaven, By Kilian

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Quero acreditar que, quando a pessoa se dispõe a gastar 175 dólares em um perfume de 50ml, ela busca um material exclusivo e inovador.

Certa vez, ao ler um livro religioso antigo, da época em que minha mãe fez a Primeira Comunhão, vi uma descrição do Céu onde as pessoas usavam camisolões brancos, andavam nas nuvens, tocavam trombetas e eram amparadas por anjos agêneros com cara de dor de barriga. Imagine o tédio de passar a Eternidade desta forma…

E A Taste of Heaven da festejada Kilian me entediou. É um perfume oriental fougere bem executado sim, mas já vimos essa fórmula em tantos lugares…

Foi criado por Calice Becker em 2007 e em minha concepção, orna bem com o tedioso céu representado no livro de outras épocas.

Possui duas únicas ‘graças’: o fundo abaunilhado e a presença da losna, que faz o perfume lembrar a bebida da Fada Verde: o mítico e maldito Absinto.

Tem o cheiro das barbearias, da seção (agora abundante) de shampoos e cosméticos masculinos nas perfumarias e provavelmente lembrará de algum perfume que algum homem de sua família já usou.

Não digo, em nenhum momento que é um mau perfume. Ele é ótimo, mas linear e tradicional. Pensando bem – de repente – esse é todo o diferencial dele…

As vezes a pessoa que gasta 175 dólares em um perfume de 50ml só está buscando qualidade. Ou o status da marca…

Notas olfativas: flor de laranjeira, lavanda, gerânio, bergamota, rosa, losna, patchouli, musgo de carvalho, âmbar, baunilha, fava tonka, costo.

 

Ilía Secreto, Natura

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Tem coisas que eu não entendo. Uma vez uma pessoa me contou que AMAVA perfumes cítricos. No outro dia, disse que odiava comer frutas cítricas – inocentes e nutritivas mexericas e laranjas – porque não suportava o cheiro que ficava nas mãos. Mas ora, não é o cheiro do óleo essencial que solta da casca do fruto? Vai entender.

E também não entendo uma pessoa que outro dia disse, em tom de crítica, que eu estava falando muito de perfumes da Natura (e outras marcas mais acessíveis) no blog. Ora, se a Natura está lançando mil perfumes excelentes e ousados, qual motivo eu teria de não falar dela? Outra coisa, o país tá em crise, os perfumes estrangeiros estão caros, importar está muito difícil. E me conta, você prefere ler sobre um perfume de nicho raro e estrambólico que nem se encontra no país e ficar sonhando com o cheiro quase inacessível, ou ler sobre o Naturão que você acha com incrível facilidade? Só por curiosidade, tipo enquete. Eu pessoalmente acho as duas hipóteses atraentes. Imaginar um cheiro, como é um perfume que eu não conheço – mas leio sobre – me faz feliz. Ler sobre um e ir lá na loja tirar a prova também.

Justifico então, caro leitor, o porque falarei hoje sobre mais um perfume da Natura, o Ilía Secreto.

Perfumão, aliás! Bomba! Não vejo a hora de fazer frio pra usar e abusar dele. É daqueles que duas borrifadinhas te perfumam o dia todo e quando, depois de horas você vai tomar banho, exala lindamente em contato com a água morna!

Logo ao borrifar senti um delicioso cheiro frutado suculento e leitoso, me fez pensar em um creme de frutas roxas, uvas e ameixas! Logo aparece um bouquet floral exótico e sedutor. Tem a nota que na perfumaria chamam de ‘orquídea’ e eu nunca entendi bem, afinal, existem 50 mil espécies de orquídeas, de qual seria o cheiro… Tem jasmim, com sua faceta doce, macia e inebriante. E seria capaz de arriscar dizer que tem violetas e heliotrópio ali no meio.

E a nota gourmand intrigante que eu não soube reconhecer? Fui pesquisar e descobri que é uma inovação da Natura, a planta amazônica nomeada Ishpink, que remete a canela e pão de mel!

Nas notas de fundo temos uma harmonia cremosa de madeiras, fava tonka e café arábica. Café. Grãos brevemente torrados que ainda guardam uma nuance verde. Outra vez, meus palpites. Diria que tem uma pitadinha de patchouli.

O café é discreto, tem que prestar atenção. Mas é ele que atenua as notas doces e ‘renova’ essa última camada do perfume.

Ilía Secreto consegue ser ao mesmo tempo inebriante, exótico, sensual e elegante. Use nos SEUS momentos especiais!

E o frasco é roxo. Como não amar…

Notas de saída – ishpink, mandarina, pera, acorde frutal roxo (uva e ameixa).

Notas de coração – muguet, jasmim, frésia, orquídea.

notas de fundo – fava tonka, sândalo, cedro, café arábica.

 

 

Ah, o cheiro dos livros… Novos e Velhos!

Les Parfums Mythiques – Organza Indécence, Givenchy

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Em 2007 a Givenchy resolveu lançar uma releitura de de seus ‘Perfumes Míticos’. Que bom, pois muitos desses descontinuados deixaram uma saudade…

Eu virei grande fã do Organza Indécence de 1999, quando ganhei uma amostra da Vanessíssima. Conhece o blog dela? Não sabe o que está perdendo!!!! A preciosa amostra acabou e veio uma outra amiga muito amada, a Adriana e me presenteou com um decant do Organza Indécence em sua versão Les Parfums Mythiques.

Tive a ilusão de que seria o mesmo perfume, mas a cor do líquido no frasquinho já anunciava que eu ia me frustrar. E aí reflito que somos criaturas muito resistentes a qualquer mudança, o novo assusta e por isso o atacamos com tanta veemência. Então, tentando ser uma pessoa melhor, não falarei mal do novo Organza Indécence.

O perfume começa com toneladas de canela. Picante, adocicada, exótica! Ela é adornada por frutas maduras, tem aí cítricos doces e uma tonalidade ‘apessegada’ macia e suculenta. Em alguns momentos tem até uma atmosfera retrô que me fez lembrar do Opium.

E aí vem toda faceira, uma flor de aspecto melífluo, brevemente defumado e que me trás a sensação de estar mastigando uma casquinha de caramelo ainda morno, que gruda no dente: mimosa! .

Dançando em volta da canela ainda temos um patchouli achocolatado e âmbar macio e envolvente, muito do sexy! Diria ainda que tem um almíscar reforçando essa aura sensual e próxima.

É desses perfumes que fazem você grudar o nariz na pele e querer cada vez mais, fazer o cheiro dele ‘entrar’ em você e te transformar. Te fazer vivenciar, através do olfato, uma sensação física e imagética.

Apesar de ser delicioso, ele passa bem longe do Indécence criado em 1999. Mas não reclamo. Na vida tudo se transforma, tudo ganha nova roupa. Te aceito, te admiro e te amo, Les Parfums Mythiques Organza Indécence!

Notas de saída: canela, tangerina.

Notas de coração: ameixa, mimosa.

Notas de fundo: âmbar, patchouli.

 

Magia da Floresta, Natura

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“Chove todo dia na floresta amazônica. O céu escurece de uma hora pra outra, a brisa vira ventania, a atmosfera fica densa e pesada até que o céu despenca, violento. Então de repente as nuvens se dispersam. O vento cessa e a magia da floresta acontece. A luz do sol invade e aquece outra vez o verde da mata. O ar se imunda com uma deliciosa névoa misteriosa e surpreendente. É uma mistura de madeiras, folhas, raízes e cipós. A quintessência da floresta, que atravessa galhos e copas, subindo em direção ao céu. Ela é semente de nuvem. Amanhã vira chuva outra vez”. 

Esse belo texto não é meu não, veio no material que recebi junto com o mais novo perfume da linha Ekos, o Magia da Floresta. E que lindo! Se você deixar a imaginação solta, tirar da cabeça as preocupações cotidianas e o barulho da rua, vai conseguir sentir o cheiro!

Sempre fui fascinada por plantas e a magia que provém delas! Moro em apartamento, mas tenho uma infinidade de vasos. São cheiros, sabores, formas e cores magníficos. Por isso o nome Magia da Floresta logo encantou o coraçãozinho desta que vos fala, leitora de livros de fantasia, jogadora de RPG, fã de mitologias… E a brasileira é tão rica, os mitos indígenas são incríveis e tão pouco divulgados. É uma pena!

Magia da Floresta é encantador! Enquanto o Flor do Luar é amanteigado, o Flor da Manhã é úmido e morno, o Magia é amendoado e feiticeiro!

Me fez lembrar de uma plantinha que tempos atrás, comprei como sendo um patchouli, mas não era. O nome dela é Macassá, erva usada nas religiões africanas como poderoso atrativo para o amor, apaziguadora, fortemente ligada ao sagrado feminino. É só mexer mas folhas que o perfume se desprende, todo faceiro.

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Mas tal erva não é listada no perfume, coisas da minha cabeça! Logo na saída Magia da Floresta tem breve tonalidade aquosa, água doce, margem de rio. Tem frutas secas também. Logo aparecem a priprioca, flores brancas. Dessas pequeninas no tamanho, gigantes no cheiro… algo como jasmim-dos-poetas.

Mais ao fundo tem o cheiro ‘verdoso’ do vetiver, madeiras úmidas, fava tonka, notas balsâmicas, ambarinas. Pura floresta, são árvores de copas frondosas, plantas rasteiras, sementes, resinas dos troncos!

Nessa hora Magia da Floresta fica amendoado, achocolatado, terroso! E a chuva passou, deixando no berço da terra a fertilidade de tudo que se desprendeu das plantas com a tempestade… Isso sim, eu que escrevi.

Quem gosta do Gaultier 2, Joop! Le Bain e até mesmo do Hypnotic Poison, vai se encantar!

Notas de saída – damasco, pimenta rosa, flor de lótus.

Notas de coração – priprioca, peônia, jasmim.

Notas de fundo – vetiver, cedro, notas balsâmicas, fava tonka, copaíba.

Deixem nos comentários se querem que eu fale do Flor do Luar e do Flor da Manhã!!!

 


MAIS anúncios antigos de perfume?

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Quanto mais melhor! Quem não gosta de ver propagandas antigas e imaginar como seriam esses perfumes de priscas eras? Então venha se deliciar, hoje temos nada mais nada menos que 22 preciosidades em exposição!

Pode entrar e ver a vontade, freguesia! Moça bonita não paga! Moço bonito também não, aqui praticamos a igualdade.

Clique para exibir o slide.

 

 

A História do Banho – Parte I (post republicado)*

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*Post original de 06/03/2013.

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Nas minhas buscas por artigos sobre perfumaria e afins na internet, me deparei com isso:  O banho foi enredo do Carnaval da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis no ano de 2009. É de lá que tiramos as informações do texto a seguir:

http://www.galeriadosamba.com.br/carnavais/beija-flor-de-nilopolis/2009/5/

Os primeiros registros do ato de se banhar individualmente ocorreram por volta de 3.000 a.C., e pertencem ao antigo Egito. Os egípcios realizavam rituais sagrados na água e banhavam-se diariamente, dedicando os banhos a divindades como Thot e Bes.

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Thot era o Deus do conhecimento, da sabedoria, da escrita e da medicina, considerado a melhor divindade para cuidar das pessoas que se banhavam. Depois dele, vinha Bes, o Deus da fertilidade e do casamento, que cuidava do parto e do banho das crianças e mulheres.

Mais do que limpar o corpo, os egípcios presumiam que a água purificava a alma, e esta crença era válida tanto para a realeza – cortejada com óleos aromáticos e massagens aplicadas pelos escravos, quanto para as populações mais pobres, que recorriam inclusive a profissionais de rua quando não conseguiam tratar da própria beleza. Os egípcios foram os inventores dos primeiros cosméticos.

2- Termas – Luxúria Líquida

Babilônia, Turcos, Gregos, Romanos

A Grécia foi um dos locais em que o banho prosperou, sendo possível encontrar bem preservados palácios de 1700 a.C. a 1200 a.C. que, mesmo nos dias atuais, surpreendem devido a avançadas técnicas de distribuição da água.

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Apollon and the Nymphs, 1666-73, Apollo Grotto, Versailles

Na Grécia, o banho também era uma extensão necessária da prática de ginástica, e comumente os gregos antigos invocavam a proteção de Hera, a mulher de Zeus (também conhecida como Deusa Juno), durante o banho.

Os gregos tomavam banhos por prazer e para ter uma vida saudável, motivados pela higiene, espiritualidade e práticas desportivas, sendo que os médicos da época louvavam as virtudes ocasionadas em função dos diferentes tipos de banho, aconselhando o uso de óleos na água para untar o corpo antes de as pessoas se secarem.

Embora os gregos tenham iniciado a prática dos banhos públicos no Ocidente, os pioneiros nos balneários coletivos foram os babilônios.

Materiais saponificantes anteriores a 2.800 a.C. foram encontrados em cilindros escavados nas ruínas da antiga Babilônia. As inscrições indicam que aquele material era utilizado para a limpeza dos cabelos e para auxiliar na confecção de penteados.

Por volta de 650 a.C a cidade da Babilônia, na Mesopotâmia, tornou-se o centro comercial de especiarias e perfumes da época.

Já no século II a.C., os romanos construíram enormes complexos de banho para homens, sendo que os romanos foram o povo da Antiguidade que mais se importaram em transformar o banho num evento, construindo suntuosas termas públicas onde seus cidadãos podiam desfrutar dos prazeres proporcionados pelo banho. O banho referia-se à ideia de repouso e de convívio, pois era uma prática social e um ritual simbólico.

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Os romanos herdaram muito da cultura grega, incluindo a adoração pelo banho. Porém, entre eles, esse hábito adquiriu proporções inéditas. As visitas diárias às termas tinham fundo religioso, visto que o banho público era um ato de adoração à deusa Minerva.

Os romanos consideravam Minerva, a deusa do comércio, da educação e do vigor, especialmente bem dotada para cuidar do banho. Fortuna, a deusa do destino, também era representada nas casas de banho, para proteger as pessoas quando estavam mais vulneráveis. Além disso, havia incontáveis ninfas e espíritos associados a fontes e poços locais, venerados como guardiões do banho.

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E o costume não era restrito somente às classes mais abastadas: boêmios, prostitutas, imperadores, filósofos, políticos, velhos e crianças, todos se banhavam no mesmo espaço, sem constrangimento.

Os gregos e os romanos mantiveram o hábito de reunir-se em “banhos públicos”, que eram verdadeiros locais de discussões e decisões políticas e sociais. As termas eram um ponto de encontro e de troca de informações e que se tornaram símbolos de luxo.

Os romanos e os gregos – precursores de sistemas hidráulicos que canalizavam águas pluviais e fluviais, conduzindo-as para as residências e termas – fizeram do banho um ritual de luxo e influenciaram o mundo com suas criações de óleos, ungüentos e maneiras prazerosas de banhar-se.

O rito do banho romano podia ser descrito da seguinte forma, segundo informações de outa fonte (http://algarvivo.com/arqueo/romano/termas-romanas.html):

O banhista devia começar por untar o corpo com óleos e praticar alguns exercícios de ginástica, desporto ou luta livre.

Entrava depois numa sala muito aquecida, o sudatorium, onde transpirava abundantemente.

Passava então ao caldarium, sala aquecida, onde podia lavar-se e retirar os restos de óleo.

Depois de uma curta passagem pelo tepidarium, mergulhava na piscina do frigidarium, cuja água fria lhe revigorava o corpo, sendo em seguida massajado e untado de óleos aromáticos.

Em geral, as manhãs eram reservadas às mulheres e as tardes aos homens.

As mais antigas termas romanas de que há conhecimento datam do século V a.C. em Delos e Olímpia, embora as mais conhecidas sejam as de Caracala.

Normalmente, as termas romanas eram constituídas por diversas salas:

apodyterium – vestiário

tepidarium – banhos tépidos

praefurnium – local das fornalhas que aqueciam a água e o ar.

caldarium – banhos de água quente

palaestra frigidarium – banhos de água fria

sudatorium – uma espécie de sauna.

O apodyterium era a entrada principal, constituída por um quarto comprido ou largo, dotado de compartimentos ou estantes, nos quais os cidadãos guardavam suas roupas e pertences, enquanto tomavam seu banho.

Escravos particulares, ou funcionários das termas (capsarius), cuidavam dos pertences, enquanto os cidadãos desfrutavam dos prazeres do banho.

Um manual escolar romano ensinava ao jovem aprendiz da nobreza que, ao entrar nos banhos, deixando para trás seu escravo no apodyterium, a lembrar-se de dizer-lhe: “Não durmas, por causa dos ladrões”.

Os homens livres ricos e suas mulheres traziam habitualmente vários escravos até o apodyterium, como forma de exibir suas posições sociais. Estes escravos levavam toda uma parafernália de banho: acessórios e artigos de vestuário para banho, sandálias, toalhas de linho, e ainda óleos para unção, perfumes, esponjas, e strigilis – instrumentos de metal recurvados para raspar o excesso de óleo, suor e sujeira dos corpos.

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Voltando as informações da Beija-Flor….

Os árabes não só compreendiam e apreciavam os prazeres dos perfumes, mas também possuíam conhecimentos avançados de higiene e medicina. Muito celebrados por suas maravilhosas descobertas, eles ofereceram à humanidade o primeiro alambique, e a partir desta invenção foi possível destilar as matérias-primas e preparar a primeira água de rosas do mundo, isolando o perfume de pétalas em forma de óleo.,

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Associar os famosos banhos turcos a rituais amorosos é uma das primeiras reações dos ocidentais ao imaginar as sofisticadas casas dos muçulmanos. O hamman, a cerimônia islâmica do banho, estimulava a imaginação dos europeus, ao descrever dezenas de belas mulheres se banhando e se embelezando em um ambiente ricamente ornamentado.

Mas o hamman supera essa carga erótica. É um preceito da fé islâmica lavar e perfumar o corpo para a oração. E os banhos em conjunto, demorados, são a melhor maneira de se purificar para a prece. O hamman serve, então, como meditação entre os pecados do corpo e a limpeza do espírito.

Na Europa, somente no século XVII houve a introdução das casas de saunas e banhos turcos.

Em breve a parte II…

Outras fontes:

http://www.arquitetonico.ufsc.br/vamos-tomar-banho

http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/g/girardon/index.html

http://www.livingdesign.net.br/2011/11/%E2%80%9Ckitchen-bath%E2%80%9D-%E2%80%93-a-historia-do-banheiro.html

http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2014/01/os-banhos-publicos-na-roma-antiga.html

Recomendação de leitura:

https://www.estantevirtual.com.br/livros/katherine-ashenburg/passando-a-limpo-o-banho-da-roma-antiga-ate-hoje/587388735

Para ver o desfile da Beija Flor:

https://www.youtube.com/watch?v=xLArf9QJdJI

 

 

A Historia do Banho – Parte II (post republicado)*

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*Post original de 07/03/2013.

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Nas minhas buscas por artigos sobre perfumaria e afins na internet, deparei-me com isso:  O banho foi enredo do Carnaval da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis no ano de 2009. É de lá que tiramos as informações do texto a seguir:

http://www.galeriadosamba.com.br/carnavais/beija-flor-de-nilopolis/2009/5/

Parte II:

3 – Idade Média –  A Proibição do Banho

A condenação do inferno, tão comum na Idade Média…

Durante a Idade Média, os ocidentais abandonaram os sofisticados rituais de limpeza da Antiguidade e mergulharam numa profunda sujeira. A maneira de ver o banho mudou. As idéias religiosas foram levadas ao exagero e as saunas passaram a ser consideradas locais de pecado, porque as pessoas se viam nuas umas às outras e tudo poderia acontecer. Era um convite às tentações da carne…

Ui, podia acontecer…

Não é exagero afirmar que a Idade Média foi o período em que a cristandade varreu da Europa as termas e demais atividades em que as pessoas se expusessem demais. Com tantos pudores, o prazer de tomar banho de corpo inteiro passou a ser visto como um ato de luxúria. Lavar as mãos e o rosto bastava, às vezes nem isso. Quando muito, era aceitável tomar um só banho por ano.

Os banhos foram totalmente proibidos, aumentando as doenças, em especial a peste. Dizia-se que a água “amolecia” a alma. Dizia-se ainda, que o fato de a água quente dilatar os poros da pele facilitava a entrada de doenças no corpo. Desta forma, nesta época, a higiene basicamente resumia-se em vestir uma roupa limpa e usá-la até ficar suja, pois acreditava-se que a roupa funcionava como uma espécie de “esponja”, absorvendo a sujeira. Sendo que muitas vezes a roupa sequer era lavada, apenas sacudida.

Os banhos eram escassos, quase inexistentes. Em famílias pobres, quando eles aconteciam, a água servia para banhar a família inteira em uma tina. Primeiro os homens, depois os filhos e por último as mulheres.

Iniciou-se um período de imundície com conseqüências desastrosas para a Europa. Segundo os sanitaristas, as constantes epidemias que assolaram o Velho Mundo durante a Idade Média foram provenientes da total ausência de higiene por parte da população. As necessidades fisiológicas eram “despejadas” pelas janelas!

Esta falta de asseio pessoal, aliada às condições de vida insalubres, contribuíram sobremaneira para as grandes epidemias da Idade Média e, em especial, para a Peste Negra do século XIV.

Com os grandes surtos epidêmicos instala-se a convicção de que a água, por efeito da pressão e sobretudo do calor, abria os poros e tornava o corpo receptivo à entrada de todos os males. A água seria o veículo transmissor das doenças… e devia ser mesmo, com tantos dejetos despejados em rios e córregos.

Desde o século XV, os médicos condenavam a utilização dos balneários públicos e das estufas. Defendiam a teoria que, “depois do banho, a carne e o hábito do corpo amolecem e os poros abrem-se, e assim, o vapor empestado pode entrar prontamente no corpo e provocar a morte súbita”.

A ideologia cristã instaurou preconceitos e impôs uma nova moral e conseqüentes novos costumes. A Igreja temia pela sujidade das almas, pois os hábitos promíscuos eram uma porta aberta para o pecado. Havia assim, que se evitar os banhos públicos, locais “propícios à devassidão e ao amolecimento dos costumes”.

Mas há controvérsias quanto a higiene do período medieval, recomendo a leitura do s artigos: https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/36876-6-mitos-sobre-a-idade-media.htmhttp://www.ohistoriante.com.br/higiene-medievo.htm

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4- Renascimento – Dos Maus Odores ao Banho de Civilização

No século XIII, frades dominicanos iniciaram as atividades farmacêuticas relativas à produção de essências, pomadas, bálsamos e outras preparações medicinais. Muitas dessas fórmulas, produzidas até os dias de hoje, foram estudadas durante a corte de Catarina de Médici, nobre florentina que se mudou para a França em 1533, para se casar com o Rei Henrique II.

Os perfumes de Catarina de Médici eram feitos em Grasse, uma pequena cidade ao sul da França, localizada aos pés dos Alpes mediterrâneos. Grasse era então um centro da indústria de couro e perfumação do mesmo, especialmente o das delicadas luvas das senhoras.

Aos poucos, a era das águas perfumadas, as famosas águas de colônia, foram cedendo espaço para a composições à base de almíscar. A preocupação com a higiene e os cuidados com o corpo permanecia. Também se considerava importante o cultivo de jardins, capazes de repelir os odores pestilentos comuns na época.

Diz-se que Luis XIV, o “Rei Sol”, era muito sensível a odores, e tinha um perfume para cada dia da semana. Em sua corte, rosas e flores de laranjeira eram usadas para perfumar luvas, e os sabonetes de óleo de oliva faziam parte da higiene diária. As fragrâncias apreciadas por Luís XIV eram produzidas no sul da França.

No Renascimento, a idéia de manter o corpo limpo foi abandonada e os “banhos de água” foram substituídos por “banhos com fortes perfumes e essências”, sendo Catarina de Médici a grande responsável pela difusão do perfume na França.

A fomentação da expansão marítima conduz os europeus ao descobrimento de novas terras, denominadas de ‘Novo Mundo’ e a realidade da Europa (o ‘Velho Mundo’) mostrava-se paradoxal aos costumes demonstrados pelos habitantes dos territórios localizados na atual América do Sul.

A chegada dos brancos impressionou aos índios, devido à aparência suja e grotesca dos europeus, chamados de “mal cheirosos e porcos”.

Observando os hábitos dos indígenas, nativos das terras recém-descobertas, os europeus aprenderam diversos conhecimentos sobre limpeza e higiene, pois era comum e que os nativos se banhassem em rios, lagos, lagoas e cachoeiras. De modo que os indígenas em muito contribuíram para o progresso nos costumes dos europeus, promovendo um verdadeiro banho de civilização.

5- Corte de França – Banho de Cheiro Disfarçando a Sujeira

A fundação da primeira boutique de perfumes em Paris impulsionou a produção e a comercialização de produtos aromáticos. A opulência, o esplendor, a extravagância e o refinamento surgiam nas famílias aristocratas e dominavam a corte européia.

A moda dos banhos estimulou a difusão dos perfumes por toda a Europa. A “Corte Perfumada”, fiel ao estilo Rococó, bem como toda a nobreza francesa, habitualmente se utilizavam de bálsamos e perfumes – nas roupas, nos corpos e nos cabelos – para disfarçar a sujeira e amenizar o mau cheiro.

“Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento…”

Outras fontes: http://stravaganzastravaganza.blogspot.com.br/2011/03/historia-do-sabao-e-da-higiene-corporal.html

http://gehspace.com/arte26a30.htm

A História do Banho – Parte III (post republicado)*

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*(Post original de 13/03/2013)

Nas minhas buscas por artigos sobre perfumaria e afins na internet, deparei-me com isso:  O banho foi enredo do Carnaval da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis no ano de 2009. É de lá que tiramos as informações do texto a seguir:

http://www.galeriadosamba.com.br/carnavais/beija-flor-de-nilopolis/2009/5/

6- Pasteur – Corpo Limpo, Corpo São

Louis Pasteur (1822-1895) foi um cientista francês que fez descobertas que tiveram grande importância tanto na área química como na medicina.

O conceito de higiene surge no século XIX, depois das descobertas de Pasteur e dos seus trabalhos sobre a importância da higiene na saúde. Assim, os hospitais e outros locais de contato com doenças passaram a ser limpos regularmente. Cabe frisar que as noções de assepsia por ele implantadas no âmbito da medicina foram fundamentais para que muitas vidas se salvassem.

Constante defensor da adoção de medidas profiláticas para evitar doenças contagiosas causadas por agentes externos, realizou uma obra científica notável, que não só abriu caminhos aos estudos sobre a origem da vida, como contribuiu de forma decisiva para a evolução da indústria. Sua contribuição foi essencial ainda na evolução da medicina preventiva, dos métodos cirúrgicos (com a prevenção das infecções), das técnicas de obstetrícia e dos hábitos de higiene.

Mas, após anos de religiosos dizendo o contrário, não foi todo mundo que voltou a tomar banho, mesmo com insistentes conselhos médicos. Quando a célebre rainha Vitória subiu ao trono, em 1837, ainda não havia local para banho no palácio de Buckingham, sede da coroa inglesa. Até os anos 1870, eram raras as casas ocidentais que tinham um cômodo para seus habitantes se lavarem.

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Em Paris, criou o primeiro Instituto Pasteur (1888), que se tornou um dos mais importantes centros mundiais de pesquisa científica, com filiais em vários países, inclusive no Brasil (Rio de Janeiro).

Os banhos rotineiros reapareceram definitivamente nas grandes cidades ocidentais apenas por volta dos anos 1930. Mas, no começo, eles não eram lá tão freqüentes. Eram tomados aos sábados, dia em que também eram trocadas as roupas de baixo das crianças. Nessa época, navios ofereciam cabines de banho e barcos delimitavam áreas em rios que serviam como piscinas naturais. Após o fim da Segunda Guerra, em 1945, quando boa parte das casas européias teve que ser reconstruída, elas ganharam banheiros, abastecidos com a cada vez mais comum água encanada. A França foi a pioneira nas inovações sanitárias, seguida pela Inglaterra e pela Alemanha.

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7- O Banho Vira Moda: de Sol, de Lua, de Gato, de Loja e de Cheiro. Dançando na Chuva e Cantando no Chuveiro

Ao longo da História, o banho já foi considerado sagrado e profano, artigo de luxo e diversão das massas, receita de saúde e até causador de doenças e mortes. Este ritual, tal como o conhecemos hoje, é resultado de uma mescla dos costumes de diferentes povos ao longo dos tempos.

Atualmente, o banho é associado ao cuidado com a pele e ao bem-estar em todo o mundo. Além de deixar o corpo limpo e cheiroso, as composições dos sabonetes, sais e óleos são enriquecidos com essências que podem transmitir sensações diferentes como relaxamento ou vigor que, associados às diferentes temperaturas da água, têm seu efeito potencializado.

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Ou seja: refrescar, seduzir, relaxar e estimular são apenas algumas das variadas finalidades dos mais diferentes tipos de banho, que propiciam vastos benefícios para o corpo e para a mente das pessoas.

Muitas são as delícias que esta experiência é capaz de proporcionar; são efeitos estimulantes, afrodisíacos e relaxantes, dentre outros. Com isso, o banho terminantemente virou moda: no chuveiro, em banheiras, e ofurôs. Banho de cheiro, de sol e de sais, de mar e de piscina; banho de cachoeira e banho de lua, banho de loja e banho de gato; dançando na chuva, cantando no chuveiro!

8- Quem Banha o Corpo, Lava a Alma – Banho dos Orixás (o blog não manifesta apoio ou repúdio a nenhuma manifestação religiosa, respeitamos todas. A questão é, como dissemos no primeiro texto dessa série, tiramos a maioria as informações do enredo da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis de 2009, e seria injusto omitir tal parte, que faz parte da cultura brasileira).

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Os rituais de diferentes tipos de banho também são práticas religiosas, uma vez que o ato de banhar-se foi e ainda é visto em muitas religiões como um rito de purificação do corpo e da alma. Tal fato é observável no espiritismo, por exemplo, pois acredita-se que quem banha o corpo, lava a alma, afastando as energias negativas e atraindo a positividade.

Os banhos de cunho litúrgico podem ter finalidades diversas: defesa, sacudimento, defumação, cura, regeneração, elevação espiritual, auxílio no desenvolvimento de novos médiuns.

A benção e a proteção dos orixás abrem os caminhos através de sessões de descarrego, limpeza da aura, energização e purificação; com a utilização, inclusive, de utensílios tais como a pipoca, ervas e sal grosso, dentre outros.

No Brasil, país onde grande parte da população é praticante do sincretismo religioso, tais práticas afro-descendentes são bastante usuais.

Fontes: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/2989-banhos-de-ervas-tradicao

http://www.galeriadosamba.com.br/carnavais/beija-flor-de-nilopolis/2009/5/

Recomendação de Leitura: https://www.estantevirtual.com.br/livros/katherine-ashenburg/passando-a-limpo-o-banho-da-roma-antiga-ate-hoje/587388735

4711 Original Eau de Cologne, Maurer & Wirtz

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Falar da conhecidíssma colônia 4711 é falar da história da perfumaria! Nasceu na cidade de Colônia, Alemanha, na rua Glockengasse, nº 4711, propriedade da família Mülhens.

E tem polêmica também. Quer saber do golpe sofrido pelo fundador da marca, o Wilhelm Mulhens, dá uma lida aqui. A questão é que em 1804 ele adquiriu os direitos da já renomada perfumaria Farina e passou a usar o nome a torto e a direita em suas criações. Tudo isso sem saber que o tal Farina que vendeu os direitos nem sequer era da família famosa. Era só um homônimo aproveitador mesmo.

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Demorou, mas em 1840 ele teve que parar de usar o nome do coleguinha famoso… Outras fontes dizem que só em 1881, o sobrinho Ferdinand Mülhens foi sentenciado a não usar o nome Farina na companhia.

Voltando…

A 4711 foi criada em 1792 pelo perfumista caraquetentousedarbemecaiunumgolpe Wilhelm Mülhens, em Colônia. O número 4711 surgiu quando, durante a ocupação francesa na cidade, um comandante francês ordenou uma nova numeração das casas. A casa de Mülhens recebeu o número 4711.

Passado muito tempo e muitas transações comerciais, em 2007 a 4711 passa a ser propriedade da Mäurer & Wirtz.

O 4711 é uma das colônias mais conhecidas do mundo, e mantém sua formula inalterada há mais de 200 anos! E espero que continue assim!

Aos eternos buscadores de ‘projeção e fixação’ no mundo dos perfumes, 4711 pode ser uma grande decepção. Aos que entendem que uma colônia é um prazer, um luxo volátil e revigorante, 4711 pode ser o paraíso.

É refrescante, vigorosa e todas as vezes que usei senti a real sensação de vivacidade, limpeza e frescor. Tem notas cítricas e herbáceas na saída, um delicado e sutil coração floral e a base é amadeirada e verde.

Muitos o comparam ao caríssimo Neroli Portofino do festejado Tom Ford.

4711 é refrescante, tônica e elegante. Um prazer íntimo, para si e para os que chegam bem perto.

Notas de saída: óleo de laranja, pêssego, manjericão, bergamota, limão siciliano.

Notas de coração: ciclamen, lírio, melão, jasmim, rosa búlgara.

Notas de fundo: almíscar, vetiver, patchouli, sândalo, musgo de carvalho, cedro.

 

Clique para exibir o slide.

Fontes:

http://www.perfumart.com.br/resenhas/4711-original-eau-de-cologne

http://www.porquenaotravels.com/2013/09/colonia-e-a-guerra-dos-perfumes-casa-farina-ou-4711.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/4711

E não deixe de visitar o site do Museu do Perfume da Casa Farina, aquela que foi sacaneada por décadas…

http://farina.org/bem-vindo/

 

 

 

CK One Shock Street Edition For Her

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Eu sei, eu sei, faz mais de um mês que eu não escrevo nada aqui no blog. Mas tenho uma justificativa: tive 2 gripes, sinusite e conjuntivite. Tudo ao mesmo tempo. Meu nariz ficou inutilizado e fiquei três semanas sem sentir o cheiro de nada. Aí desanimei e não fiz posts…

Mas agora tô melhor (não 100%), ao menos consigo sentir os cheiros e sabores.

Nesse tempo, pude mexer naquela caixinha cheia de amostras que estavam esperando uma resenha! E chegou a vez do CK One Shock Street Edition For Her (a partir de agora vamos chamar de Street, tudo bem?

Tenho um amor enorme pelo CK One, então todos os seus flankers me trazem curiosidade. O Street foi lançado para o outono de 2012 e o grafite de sua embalagem é da artista Sharon Lee De La Cruz.

Street foi na contramão de tudo que eu pensei que ele seria! Como pode um CK One doce? Ele é daqueles perfumes que me trazem sensações sinestésicas: o cheiro dele é rosa neon! Ah, então ele é enjoativo? Não. Muito pelo contrário! Ele é um perfume doce que dá pra usar no calor. Contraditório né? Mas assim sempre foi o CK One, assim sempre foi a arte de rua, assim sempre foi a moda…

Não gosto de usar os termos ‘feminino e masculino’ para falar de cheiros. Cheiro não tem gênero, minha gente! Street é bem compartilhável. Começa cor-de-rosa, um doce efervescente e ao mesmo tempo aconchegante. Daqueles perfumes doces que abraçam sabe? Tem notas cítricas doces, tem mais e mais frutas, tem chocolate e caramelo. Tem tudo que o povo gosta!

Logo ele ganha uma aspecto sintético plastificado que me fez pensar que, em alguma de suas camadas, Street tem escondido um tiquinho de tuberosa ou gardênia.

E a partir daí Street entra em um terreno mais sóbrio. As notas de base são bem comuns e já vistas anteriormente, porém são ‘organizadas’ de forma atraente. São doces, cremosas e picantes. E outra vez trazem aquela sensação de aconchego e ‘calorzinho’, sabe?

Aí eu lembrei que o nome CK One já faz alusão a ser um perfume para todos, e que seu primogênito lá de 1994 tinha essa premissa. Menino ou menina, CK One não olha pra isso. Vamos seguir o exemplo e aplicar em mais áreas da nossa vida? Parar dessa coisa de coisas ‘de menina’ e ‘de menino’? É tão limitante!

Street é um perfume bem agradável. Se você gosta dos gourmands e encontrar ele por aí, experimente!

Notas de saída: bergamota, tangerina, ameixa.

Notas de coração: notas frutais, chocolate, caramelo.

Notas de fundo: patchouli, sândalo, âmbar, almíscar.

E para celebrar a linha CK One, deixo com vocês a performance do grande Pepeu Gomes no Rock in Rio de 1985!

Cool Vibe!, Natura

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Estamos em agosto e o inverno tá brincando de existir aqui em SP. Digo isso pq tivemos, na realidade, poucos dias bem frios até agora. Essas últimas semanas que estão mais invernais… Então, logo chega a primavera. Se eu gosto? Não. Detesto o calor que vem junto com ela.

Mas esse ano terei boa companhia, o Cool Vibe!, lançamento da linha Faces da Natura. Se os lançamentos anteriores da linha, o Toxic! Pink e o Rebel Glam têm pegada doce e ‘ultrajovem’, o Cool Vibe! vem agradar quem gosta de fragrâncias frescas e com aquela proposta: serve pra qualquer ocasião, agrada a grande maioria.

Me lembrou bastante uma colônia infantil maravilhosa que minha mãe possuía no final dos anos 90, começo dos anos 2000: a Falbala. Não achei imagens da bendita, mas com isso aqui provo que um dia ela existiu. Senão me engano era a colônia de uma marca de roupas infantis.

Cool Vibe! é floral frutal e muito bem dosada. É daquelas colônias que fazem a gente cheirar o braço com força para ter a sensação revigorante e reconfortante ‘entrando’ por nosso corpo.

Começa com folhas verdes maceradas e aquele cheiro doce-aquoso da maçã e da pêra. Logo aparecem notas florais delicadas, limpinhas e energizadas. As notas de base são cremosas e confortáveis, com jeitão de amaciante. Cool Vibe!, para mim, faz pensar em perfumes infanto-juvenis. Eu pessoalmente adoro e não consigo pensar em melhor companhia para momentos de descontração no calorão dos próximos meses. Para dormir então deve ser delicioso!

Notas de saída: pêra d’água, maçã, acorde verde fresco, pimenta rosa, acorde cítrico e notas aquosas.

Notas de corpo: Rosa, jasmim, violeta e tagette.

Notas de fundo: Complexo de musk, cedro, âmbar radiante e acorde cremoso.


Sobre as Ocasiões Especiais…

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Imagem: http://marjoleincaljouw.blogspot.com/2010/10/perfume.html

Faz um tempo que não faço resenhas para o Blog. Os dias estão demasiadamente corridos e outras coisas têm exigido minha atenção. Mas hoje acordei inspirada a usar um perfume inédito e iniciar a jornada de compreendê-lo, interpretá-lo e ver o como nosso ‘caso’ iria se desenvolver. Fui lá na caixinha de amostras e peguei um dos precisos: caro e difícil de achar no Brasil, o Interlude Woman da Amouage.

Borrifei o frasquinho contendo a pequena porção do perfume. Veredito: OXIDADO!

Sim sim, eu já sabia que frações de perfumes, amostras, decants têm validade muito menor do que os perfumes em seus frascos originais. O ato de transferir o líquido de um frasco para outro o deixa em contato com o ar, podem existir agentes contaminantes no frasquinho para onde ele foi transferido, entre outros fatores. O processo de deterioração é muito mais veloz.

 

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Eu não fiquei triste por ter perdido a oportunidade de conhecer esse perfume. Fiquei triste de perceber que justamente por ele ser caro e raro, eu o reservei para ‘o dia perfeito, a ocasião perfeita’. E quando esse dia supostamente chegou, o Interlude não estava mais ali para mim. Cansou de esperar.

Como um amante preterido, ele não estava mais ali quando eu finalmente resolvi que hoje seria o dia dele… Que bobagem a minha e a de vocês – que eu sei – também guardam poucas gotas em frasquinhos.

Perfume é um brincadeira com nossos sentidos. É efêmero. E a gente, besta que é, fica tentando aprisionar esse eflúvio. Fica esperando o dia perfeito que nunca chega ou quando chega se revela não tão perfeito assim tamanha a expectativa que  criamos sobre tal situação.

É uma festa? Uma celebração? Um show? Um encontro com uma pessoa especial? Quantas vezes deixamos as preciosas gotinhas guardadas para esses dias e quando eles aconteceram… nem foram tão memoráveis.

Quer saber? Usa seus perfumes preferidos à vontade! Gasta aquela amostra caríssima quando você quiser! Por que essas… esses sim são as ocasiões certas!

Perfume Bottles 2, 12x9, oil on panel

Imagem: http://www.leahhenry.com/portfolio-still-lifes.html

 

Especially Escada Delicate Notes, Escada

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Sim, sim, eu sei: quando o perfume tem ‘delicate’ no nome quer dizer que ele é uma versão suavizada do original. As vezes acho até que é um flanker bobinho para quem não gosta de perfume…

O tal Especially Escada Delicate Notes (a partir de agora EEDN) é bem gostoso, mas não durou mais de 1 hora na minha pele.

É extremamente feminino, juvenil, vaporoso, muito bom para dias quentes e passeios ao ar livre.

Eu tô rodeando, rodeando e enfim vou falar: se ele não fosse tão efêmero, tão discreto e tão sem personalidade, seria um bom perfume para borrifar no vestidinho das daminhas de honra de um casamento diurno ao ar livre…

Começa com pera e rosa aquosas. Me fez pensar em uma garrafona daquelas águas aromatizadas que estão na moda sabe? Daquelas suqueiras com torneirinha e cara hipster? Dentro dessa tem rosas, fatias de lima da pérsia e peras.

Na sequencia surgem notas florais desmaiadas e descoradas. São flores ao longe… Senti mais rosas e peônias. Flores que estavam na geladeira para ficarem mais tempo viçosas e perderam a graça do perfume…

No fundo EEDN tem aquela dose de almíscar com pinta de sabão em pó e roupa recém lavada que muitas criações usam porque é seguro, agrada a gregos e troianos… agrada até a quem não gosta de perfume, olha só!

Eu não gastaria dinheiro com o EEDN. É bonitinho mas me entedia…

EEDN foi criado em 2012 por Jean-Michel Duriez. É um flanker do Especially Eacada.

Notas de saída: toranja, pera, rosa japonesa.

Notas de coração: rosa, ambrette, ylang ylang.

Notas de fundo: madeiras, almíscar.

Curtidas de Humor, Natura

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Não sei vocês, mas eu tenho guardadas comigo amoras imaginárias. Sim, amoras imaginárias! Um pé frondoso de frutinhas roxas, pretas e azuis, azedinhas no primeiro contato com a língua e doces e sumarentas ao serem mordidas. Todas elas são grandinhas e quanto mais próximas do negro mais doces!

Mas vamos voltar pra realidade e confirmar que atualmente tá difícil achar no meio do caminho um pé de amora carregadinho. E quando tem elas são raquíticas e azedas. Mazelas das grandes capitais…

Aí me chega o Curtidas de Humor e cheira exatamente do jeito que o meu pé de amoras imaginárias! Que alegria!

Até a cor do frasco se assemelha ao meu ideal-amora, azul e roxo!

Curtidas de Humor começa com as tais amoras imaginárias já citadas acima. Tem um lado brevemente picante vindo da pimenta rosa. Acompanhando as amoras tem alguns mirtilos e meia dúzia de framboesas só para acrescentar doçura.

Na sequência temos notas cremooooooosas! Heliotrópio, baunilha, orquídea e um quê de jasmim.

As notas de fundo são doces e exóticas. Tem praliné (que confesso, já está me cansando), patchouli, sândalo, tonka e aquela base amadeirada tão conhecida dos perfumes da Natura.

Mas na verdade, o que me importa no Curtidas de Humor são as amoras! Todas as outras notas estão ali para sustentá-las e permitir que elas façam o show. Tenho usado ele com frequência e aqui as amorinhas nunca decepcionam!

Notas de Saída: pimenta rosa, framboesa, mandarina, amora negra.

Notas de Coração: jasmim,heliotrópio, orquídea negra, frésia, acorde avelã.

Notas de Fundo: vanila, malton, cedro, praliné, sândalo, patchouli, coumarina, musk, madeiras ambaradas.

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Orchid Soleil, Tom Ford

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Da série ‘amostras que amei ganhar mas também odiei porque o perfume é maravilhosíssimo e também caríssimo e eu agora to desejando ele loucamente...’ Quem nunca passou por isso não é mesmo, amiguinhos?

Orchid Soleil nasceu oficialmente em 2016 assinado por Sonia Constant. O líquido é alaranjado e o frasco cobre nos trás a impressão de algo quente mesmo! Radiante!

Que evolução linda ele tem! Logo ao passar na pele senti uma lufada de flores brancas inebriantes. Mas espera, antes delas triunfarem temos notas picantes e agrestes de pinheiro e pimenta rosa. Daquelas que fazem far um breve frêmito na ponta do nariz.

Aí chega a Rainha Tuberosa! Animalesca, plástica, narcótica, tão natural quanto possível! Junto dela tem um lírio cremoso e angelical (parecido com o do Murmure, da Van Cleef & Arpels). Engraçado como são antagônicos: a tuberosa profana e luxuriosa, o lírio aveludado e virginal. Que brincadeira é essa, Sr. Tom Ford?

E depois? Cobre tudo com chantilly de baunilha! Isso mesmo! Deixa ainda mais cremoso, texturizado e lambível (acabei de inventar. Traduz-se para ‘o que se pode lamber‘). Polvilha ainda uma nota achocolatada que não sei se veio do patchouli, da orquídea ou da castanha descritas nas notas olfativas oficiais.

Agora passa o resto do dia se cheirando… Tom Ford, Tom Ford, seu safadinho..

Belíssimo e sensualíssimo o Orchid Soleil. É como as Deusas Solares devem cheirar.

A propósito, seja bem vinda Primavera, bem vinda fértil Ostara!

Notas de saída: pimenta rosa, cipreste, laranja amarga.

Notas de coração: tuberosa, lírio vermelho.

Notas de fundo: baunilha, patchouli, castanha, chantilly, orquídea.

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E se grandes sucessos musicais fossem perfumes?

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Olha só que projeto bacana! Grandes sucessos da música mundial foram transformados em perfumes!

David Redon (também conhecido como Ads Libitum) é um artista francês admirador da cultura pop e de cartazes publicitários antigos. Em sua série ‘Perfume’, ele tornou grandes álbuns e grandes sucessos musicais em anúncios de perfumes, com aquela estética retrô que nós amamos!

Dá uma olhada na galeria aqui neste link: http://www.fubiz.net/2016/05/31/famous-albums-revisited-as-vintage-perfumes-ads/

Reconheceu algum frasco nas propagandas idealizadas por Redon? Olha só aí em cima se não é a carinha do Arpège, da Lanvin? E o ‘Nirvana’, não é igualzinho ao Mitsouko e ao L’ Heure Bleue da Guerlain?

Detalhe: só eu achei um pouco mórbida a propaganda abaixo, de uma pessoa com esse tamanho de cabelo e em uma posição ‘desacordada’, justamente quando se atribui o perfume ao icônico e suicida Kurt Cobain?

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